RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) poderá considerar uma expansão de sua atuação no exterior para aumentar a participação do gás natural em seu portfólio de produção, à medida que a companhia busca se adaptar à mudança global rumo a uma economia de baixo carbono, afirmou a jornalistas nesta segunda-feira o presidente da petroleira estatal, Pedro Parente.
O executivo já tinha sinalizado a intenção de investir em gás em apresentação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na semana passada.
Segundo Parente, o gás natural é considerado o combustível de transição entre os combustíveis fósseis, como gasolina e diesel, e os renováveis.
"Portanto, uma empresa que queira ficar no setor de óleo e gás com uma perspectiva de uma economia de baixo carbono, ela tem que ter uma participação de gás em seu portfólio", destacou o executivo, ao participar de cerimônia da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O presidente da Petrobras lembrou que no Brasil, em geral, o gás é encontrado de maneira associada ao óleo e, portanto, em quantidades menores do que em campos exclusivamente de gás.
"Assim sendo, se nós queremos aumentar, como é de fato um posicionamento de fato estratégico, a participação do gás na composição da produção da empresa nós teremos que considerar a hipótese de aumentar a abrangência geográfica da empresa", disse o executivo.
Parente não deu mais detalhes, como os países que poderiam entrar na busca da Petrobras por gás, por exemplo.
A Petrobras anunciou na semana passada que se juntou a uma iniciativa que busca liderar a resposta do setor de óleo e gás às mudanças climáticas (chamada de OGCI, na sigla em inglês), juntamente com empresas como CNPC, Repsol (MC:REP), Saudi Aramco, Shell, Statoil e Total.
(Por Marta Nogueira)