Investing.com - A Petrobras (BVMF:PETR4) realizou o maior corte de dividendos global pelo segundo trimestre consecutivo entre julho e setembro, uma diminuição de US$ 9,6 bilhões em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme a 40ª edição do Janus Henderson Global Dividend Index. O índice é desenvolvido pela gestora Janus Henderson, que possui US$ 308,3 bilhões em ativos sob gestão.
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O estudo aponta que o corte da estatal de petróleo contribuiu para que os dividendos das empresas brasileiras no índice despencassem 67,1% e que afetassem a taxa de crescimento mundial do terceiro trimestre em mais de 2,5 pontos percentuais. A empresa estava no terceiro lugar no ranking de maiores pagadoras de dividendos a nível mundial no terceiro trimestre do ano passado, mas deixou o ranking com dez maiores distribuidores neste ano, ocupando apenas o 19º lugar.
O levantamento pondera que, ainda que o cenário tenha sido desfavorável para as companhias brasileiras, incluindo a Vale (BVMF:VALE3), bancos como Bradesco (BVMF:BBDC4) tiveram dados positivos. A Vale, que estava no 15º lugar no ranking no 3T22, não é mais mencionada no Top 20.
O nível global de dividendos caiu 0,9% no terceiro trimestre deste ano, somando US$ 421,9 bilhões. O crescimento subjacente, com ajustes relacionados a dividendos especiais pontuais, taxas de câmbio e outros fatores técnicos, atingiu 0,3%.
Sem considerar os cortes da Petrobras e da mineradora australiana BHP, a alta subjacente teria sido de 5,3%.
Janus Henderson cortou as projeções para este ano de US$ 1,64 trilhão para US$1,63 trilhão em dividendos globais, um aumento de 4,4% em relação ao ano passado. Segundo o estudo, por outro lado, EUA, França, Canadá, Suíça e China, devem efetuar distribuições recordes de dividendos.
“A aparente fraqueza nos dividendos globais do terceiro trimestre não é motivo de preocupação, considerando o grande impacto que um punhado de empresas teve. Na verdade, o nível de crescimento e sua qualidade parecem melhores este ano do que pareciam ser há alguns meses, uma vez que os pagamentos se tornaram menos dependentes de eventos pontuais e taxas de câmbio voláteis”, aponta Ben Lofthouse, Head de Renda Variável Global da Janus Henderson.
Às 15h20 (de Brasília), as ações preferenciais da Petrobras ganhavam 3,46%, a R$36,78.