Os contratos futuros de petróleo avançaram nesta sexta-feira, 31, após chegarem a oscilar sem direção única durante parte do dia. Um sinal positivo da indústria chinesa apoiou a commodity, embora investidores também tenham se voltado para sinais negativos, como a disseminação da covid-19, que pode prejudicar a demanda, e as dificuldades na negociação de um novo pacote de ajuda econômica nos Estados Unidos.
O petróleo WTI para setembro registrou alta de 0,88%, a US$ 40,27 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), com queda semanal de 2,47%, e o Brent para outubro subiu hoje 0,62%, a US$ 43,52 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria da China subiu de 50,9 em junho a 51,1 em julho, na leitura oficial, quando analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam queda a 50,7. O dado foi visto como sinal positivo da economia do país, que tenta se recuperar do choque da pandemia.
Além disso, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informou que a produção de petróleo dos Estados Unidos recuou a 10,001 milhões de barris por dia em maio, o que confirmou o forte impacto da pandemia sobre o setor. Entre janeiro e maio, a média é bem superior, de 12,037 milhões de barris, segundo o mesmo documento. O dado mensal é monitorado por investidores, que o consideram mais confiável que o relatório semanal.
Ainda no noticiário, a Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas em atividade nos EUA recuou 1, a 180. Por outro lado, investidores também seguiam atentos à disseminação do novo coronavírus e às dificuldades para aprovar um novo pacote de ajuda nos EUA, diante de divergências políticas em Washington.
Em relatório, o Commerzbank considera que os contratos passaram a oscilar dentro de uma faixa nos últimos dias, de cerca de US$ 40 o barril o WTI e US$ 43 o Brent. O banco considera, porém, que movimentos recentes mostram que ambos estão sujeitos a correções, em um quadro de "muitos riscos", como o ritmo de recuperação da demanda. O Commerzbank diz ainda que os preços baixos dificultam a tarefa de alguns países no corte combinado da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).