Os contratos futuros do petróleo fecharam o pregão em baixa nesta sexta-feira, 14, com a cautela que prevalece nos mercados internacionais e em meio a dúvidas sobre a continuidade da recuperação da demanda pela commodity energética, em uma semana na qual várias instituições que analisam o setor pioraram suas projeções.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para setembro recuou 0,54%, a US$ 42,01 o barril, mas registrou alta de 1,92% na comparação semanal. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para outubro caiu 0,36%, a US$ 44,80 o barril, mas obteve ganho de 0,90% na semana.
"Ao mesmo tempo, a incerteza sobre a demanda futura, juntamente com o aumento da produção, tornará difícil restaurar o equilíbrio no mercado de petróleo", afirma o chefe de Pesquisa em Commodities do Commerzbank, Eugen Weinberg, em um relatório a clientes.
Nesta semana, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Agência Internacional de Energia (AIE) pioraram as projeções para a demanda da commodity em 2020. "Os setores de aviação e transporte rodoviário, que são componentes-chave da demanda por petróleo, ainda enfrentam dificuldades, segundo a AIE", destaca Weinberg, do banco alemão.
Hoje, há pouco apetite por risco no mercado, o que não beneficia o petróleo. Além do impasse em Washington por mais estímulos fiscais, a preocupação é com uma segunda onda de casos de covid-19 na Europa, o que levou o Reino Unido a impor uma quarentena de 14 dias para quem chega da França.
Entre as notícias do setor, a Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos recuou quatro na semana, a 172, no nível mais baixo desde julho de 2005.
(COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES)