Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta sexta-feira, 21, em queda, com incertezas sobre a recuperação da economia global ampliadas após indicadores europeus apontarem para uma desaceleração da retomada das atividades produtivas. A forte valorização do dólar ao longo do dia também foi um fator de pressão, na medida em que torna commodities mais caras para detentores de outras divisas.
O petróleo WTI para outubro, contrato mais líquido, fechou em baixa de 1,21%, a US$ 42,30 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês caiu 1,36%, a US$ 44,29 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Na zona do euro, a divulgação dos indicadores nesta sexta-feira colocou em dúvidas o processo de retomada econômica, com possíveis consequências na demanda de petróleo. Nos Estados Unidos, os "dados fracos do mercado de trabalho", anunciados ontem, seguem colocando pressão no petróleo, diz o Commerzbank.
Os fatores levaram a Capital Economics a estimar, em relatório enviado a clientes hoje, queda nos preços da commodity até o fim do ano. "uma vez que persistem as preocupações sobre as perspectivas para a demanda e os estoques globais permanecem altos", diz a consultoria.
No noticiário do setor, o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos subiu 10 na semana, a 254, informou hoje a Baker Hughes. O Commerzbank vê riscos para a extração com a temporada de furacões, que pode ser "disruptiva" neste ano. A National Weather Agency (NOAA) dos Estados Unidos indicou há duas semanas o risco de um período "extremamente ativo" com foco no Golfo do México, onde localizam-se 17% da produção de petróleo e 45% das refinarias do país.