FRANKFURT (Reuters) - O presidente da montadora de carros de luxo Audi, do grupo Volkswagen, foi preso nesta segunda-feira, o represente de mais alto escalão do conglomerado a ser levado em custódia por causa do escândalo de fraude em testes de emissões poluentes.
Promotores de Munique afirmaram que Rupert Stadler foi preso por causa de temores de que ele possa dificultar investigações sobre a fraude. A prisão levou a Volkswagen a uma crise de liderança.
A notícia da prisão do executivo acontece em um momento em que o novo presidente-executivo do grupo, Herbert Diess, está tentando introduzir uma nova estrutura de liderança, que inclui Stadler, e acelerar a migração do conglomerado em direção dos veículos elétricos.
"Como parte da investigação sobre as questões sobre emissão dos motores a diesel da Audi, a promotoria de Munique executou um pedido de prisão contra Rupert Stadler", afirmou a promotoria em comunicado. A Justiça alemã ordenou que o executivo fique preso para impedí-lo de obstruir as investigações.
Audi e Volkswagen confirmaram a prisão e reiteraram que há ainda presunção de inocência de Stadler. Um porta-voz da Porsche SE, a companhia que controla Volkswagen e Audi, afirmou que a prisão do executivo será discutida em reunião do conselho de administração nesta segunda-feira.
A Volkswagen admitiu em setembro de 2015 que usou um software ilegal para mascarar emissões de poluentes de motores a diesel que equipam seus veículos, disparando a maior crise na história da companhia e gerando um escândalo que se disseminou por toda a indústria.
(Por Jan Schwartz, Ilona Wissenbach, Edward Taylor, Joern Poltz e Irene Preisinger)