Por Jessica Resnick-Ault e David French
NOVA YORK (Reuters) - A saída da BHP Billiton Ltd de seus negócios de "shale" nos Estados Unidos atraiu empresas de petróleo e de private equity para uma competição que pode não ter um vencedor claro até o fim deste ano ou início do próximo ano, segundo pessoas familiarizadas com as negociações.
A BHP, maior mineradora do mundo, disse em agosto que deixaria o negócio de petróleo e gás de "shale" nos EUA após a pressão do fundo de hedge ativista Elliott Management, que tem uma participação na empresa e argumentou que a unidade prejudicava o valor da BHP.
A unidade BHP Petroleum da empresa anglo-australiana com sede em Houston tem mais de 838 mil acres espalhados por quatro setores de "shale" dos EUA: as Bacias de Permian e Eagle Ford do Texas e as formações Haynesville e Fayetteville do Arkansas.
Um desinvestimento de todas essas áreas estaria entre as maiores vendas de ativos de "shale" até o momento.
A BHP está oferecendo a venda de áreas em sete pacotes diferentes, abrangendo três formações. O movimento gerou interesse de companhias petrolíferas que se associaram a empresas de private equity para fazer lances por todos os ativos, bem como de empresas que buscam pacotes individuais.
As primeiras propostas foram recebidas na semana passada, mas nenhum acordo é esperado até o fim de 2018 ou início de 2019, de acordo com duas das pessoas familiarizadas com o assunto que, como todas as fontes, não poderiam ser identificadas, pois as negociações não são públicas
(Reportagem de Jessica Resnick-Ault e David French em Nova York, reportagem adicional de Greg Roumeliotis em Nova York, Ron Bousso em Londres, Ernest Scheyder em Houston e John Tilak em Toronto)