Investing.com – Após as recentes atualizações apresentadas na Computex, as ações da Nvidia (NASDAQ:NVDA) registraram um novo recorde histórico. Contudo, o setor de semicondutores como um todo apresentou quedas, mesmo diante de notícias positivas, levando analistas da Mizuho a questionarem se a Nvidia poderia ser a única beneficiada nesse contexto.
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Além da TSMC e da Micron (NASDAQ:MU), que são beneficiárias diretas dos novos produtos de unidade de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia, previstos para lançamento em 2025 e 2026, quase todo o setor de semicondutores registrou declínios nesse dia, conforme apontado pela Mizuho.
As ações da AMD (NASDAQ:AMD) inicialmente subiram entre 2 e 3% após a divulgação de um plano detalhado para produtos de GPU para sua plataforma MI nos próximos dois a três anos, porém, encerraram o dia com uma queda de 2%. Enquanto isso, as ações da Arm Holdings ADR (NASDAQ:ARM) cresceram 550 pontos-base, impulsionadas pelas declarações positivas de seu CEO durante o evento Computex.
No entanto, Mizuho observou que o setor de semicondutores parece estar se estreitando cada vez mais.
Os analistas relataram que a Marvell não teve um bom desempenho após a apresentação, com as ações caindo cerca de dez por cento nos últimos dois dias. "Não foi algo terrível ou extremamente preocupante, mas há uma sensação de abalo, com um certo cansaço dos investidores em relação a qualquer ação que não seja da Nvidia. Esse fenômeno parece estar mais impulsionado por investidores passivos, quantitativos e de varejo do que por gestores ativos em busca de um desdobramento de ações iminente", comentaram.
Os analistas do Mizuho elevaram o preço-alvo da Nvidia de US$ 1.180 para US$ 1.275 e ajustaram para cima as estimativas de receita e lucro por ação (LPA) para os próximos anos.
A recente valorização das ações da Nvidia para um novo recorde ocorreu após o anúncio pelo CEO Jensen Huang dos planos para o chip Blackwell Ultra em 2025 e para a plataforma Rubin de próxima geração em 2026, durante o último fim de semana.
A empresa está programada para concluir seu planejado desdobramento de ações de 10 por 1 na próxima sexta-feira.
Adoção da IA terá impacto econômico expressivo - Goldman Sachs (NYSE:GS)
Os economistas do Goldman Sachs expressaram expectativas otimistas sobre o impacto econômico significativo da inteligência artificial gerativa (GenAI). Baseando-se em suas estimativas iniciais, o banco prevê um aumento cumulativo de 15% na produtividade da mão de obra e no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, assumindo uma evolução correspondente no estoque de capital decorrente da adoção generalizada da IA.
Em contrapartida, um estudo recente do economista do MIT, Daron Acemoglu, apresenta uma visão mais cautelosa, projetando um aumento de apenas 0,7% na produtividade total dos fatores e de 1,1% no PIB.
Segundo os economistas do banco, as diferenças entre suas previsões e as de Acemoglu advêm de suposições distintas sobre a extensão da automação por IA e o potencial de realocação de mão de obra.
O Goldman Sachs estima que 25% de todas as tarefas de trabalho serão eventualmente automatizadas pela IA gerativa, uma previsão bem mais alta do que os 4,6% estimados por Acemoglu. Essa discrepância se deve principalmente à avaliação de Acemoglu de que apenas 19,9% de todas as tarefas são suscetíveis à IA e que somente 23% destas são economicamente viáveis para automação na próxima década. Além disso, Acemoglu não considera a realocação de mão de obra ou a criação de novas tarefas, fatores que o Goldman Sachs inclui em suas análises.
"Essas diferenças de suposições são responsáveis por mais de 80% da discrepância entre nossas estimativas, com o restante refletindo pequenas variações nas suposições sobre economia de custos e potencial de produção para trabalhadores não deslocados", explicou o Goldman em sua nota.
Os economistas do banco reconhecem a perspectiva de Acemoglu, que argumenta que a automação de muitas tarefas expostas à IA não é economicamente viável atualmente e talvez não seja na próxima década. No entanto, eles também destacaram que o potencial para economia de custos e a rápida diminuição dos custos tecnológicos deverão promover uma adoção e automação mais amplas ao longo do tempo.
O Goldman Sachs discorda da posição de Acemoglu de que a realocação de mão de obra e a criação de novas tarefas são irrelevantes. Eles argumentam que a história demonstra que a realocação de recursos impulsionada pela tecnologia e a expansão das fronteiras de produção são fundamentais para o crescimento econômico.
"Antecipamos que a IA aumentará a produção tanto pelo incremento da demanda em áreas onde a mão de obra possui vantagem comparativa, quanto pela criação de novas oportunidades anteriormente inviáveis tanto tecnológica quanto economicamente", concluíram os economistas.
Portanto, eles sugerem que a visão menos otimista de Acemoglu ressalta preocupações válidas de que os impactos macroeconômicos substanciais da GenAI não são iminentes e podem se materializar mais lentamente do que o previsto.
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