(Reuters) - O processo de regulamentação dos novos contratos de concessões de 20 distribuidoras de energia está atrasado no Brasil, avaliou nesta sexta-feira o CEO da CPFL (BVMF:CPFE3), Gustavo Estrella.
Em teleconferência de resultados, o executivo lembrou que a agência reguladora Aneel ainda precisa abrir uma consulta pública para debater os pontos da regulamentação, e disse que até o momento não há data certa para isso ocorrer.
"Desde o decreto, a expectativa era de uma conclusão desse processo de regulamentação em 120 dias, a expectativa era de que tivesse abertura de consulta pública um pouco mais cedo, para que a gente pudesse ter tempo de debater com a Aneel... isso não aconteceu ainda", afirmou.
A CPFL integra o grupo de empresas com concessões de distribuição de energia vencendo nos próximos anos. Ao todo, são 20 contratos do setor que vão expirar e poderão passar por um processo de renovação, conforme regras definidas em junho pelo governo.
A CPFL divulgou na véspera quedas de lucro e Ebitda no segundo trimestre, afetados por eventos não recorrentes como as enchentes no Rio Grande do Sul e cortes de geração renovável. Esses efeitos foram parcialmente compensados por bom desempenho do consumo de energia nas distribuidoras do grupo, sobretudo em São Paulo, com impulso das temperaturas mais elevadas e da retomada da demanda industrial.
(Por Letícia Fucuchima)