Por Jessica Bahia Melo
Investing.com - Os resultados do terceiro trimestre do grupo educacional Ânima (SA:ANIM3) foram vistos como acima das expectativas do mercado. A companhia reportou receita líquida de R$ 816,7 milhões no terceiro trimestre do ano, um aumento de 132,7% na comparação os mesmos meses de 2020. O lucro bruto, na mesma análise, subiu 155,1%, atingindo R$ 537,6 milhões. Já o Ebitda ajustado chegou a R$ 344,3 milhões, uma elevação de 244,8%. Além disso, a empresa apresentou melhoria em indicadores operacionais do ensino acadêmico, como a base de alunos, que cresceu 168,5%, e o ticket médio orgânico, que teve alta de 2,4%, ambos ainda na comparação com terceiro trimestre de 2020.
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Segundo a XP Investimentos, o lucro líquido ajustado de R$58,6 milhões ficou 66% acima da estimativa. Esse indicador foi impulsionado pelo aumento na receita líquida – o que foi proporcionado por aquisições, pelo aumento da margem EBITDA ajustada, com redução em custos de docentes e despesas corporativas. Conforme relatório da XP, os resultados da Ânima foram sólidos e mostraram grandes melhorias operacionais no trimestre, reforçando a visão positiva em relação às ações, mesmo com alta alavancagem da empresa. A dívida líquida totalizava R$4,66 bilhões, com grande saldo devedor pela à emissão de debêntures no valor de R$2,5 bilhões para aquisição da Laureate. A recomendação da XP é de compra, com preço alvo de R$15,0.
De acordo com relatório do BTG Pactual, os resultados foram sólidos e acima das expectativas, principalmente com benefícios iniciais da combinação de negócios com a Laureate. Para o banco, a companhia conseguiu entregar resultados operacionais melhores do que o esperado. O Ebitda ajustado de R$ 344 milhões (+245% na comparação anual) ficou 53% acima da expectativa do BTG (SA:BPAC11). O lucro líquido totalizou R$ 58 milhões, acima dos R$ 24 milhões esperados pelo banco no trimestre e também dos R$ 20 milhões reportados no terceiro trimestre de 2020. O BTG reitera recomendação de compra, com preço-alvo em 12 meses de R$15, pois acredita que fundamentos por trás da recuperação de margem (que aumentaram 38 p.p. na base anual para 62,2%, impulsionadas por Ativos da Laureate) são menos dependentes do cenário macro adverso atual.