Por Jessica Bahia Melo
Investing.com – Os resultados do terceiro trimestre reportados pela Vibra Energia (SA:VBBR3), antiga BR Distribuidora, foram bem vistos por analistas, principalmente em volumes e margens. Bank of America, Safra e BB Investimentos mantiveram recomendação de compra para o ativo. A Vibra é a maior empresa brasileira do setor de distribuição de combustíveis, constituída para assumir as atividades de distribuição e comércio de produtos de petróleo e derivados – o que era realizado até então pela Petrobras (SA:PETR4).
O balanço da companhia apontou avanços importantes em market share, atingindo 29,1%, (+1,5p.p. ante trimestre anterior) com crescimento em todos os segmentos e linhas de produtos. A empresa registrou aumento de 16,6% do volume vendido na comparação trimestral, reflexo das maiores vendas de óleo combustível (+77%), querosene de aviação (+40%), ciclo otto (+8%) e diesel (+12%).
Segundo o Safra, os resultados foram impulsionados pela flexibilização das restrições de mobilidade e pela gradual reabertura da atividade econômica. O Ebitda ajustado de R$1.181 milhões, com aumento de 14% na comparação com 2T21, veio em linha com a projeção. O lucro líquido de R$598 milhões superou as estimativas do Safra em 20%, impulsionado pelo reconhecimento de pagamentos indevidos de impostos. Já as vendas no varejo cresceram 8% na comparação trimestral, acompanhando a tendência do setor no período. Como resultado de maiores volumes de vendas e margens, o EBITDA atingiu R$522 milhões (+ 20% T/T). A dívida líquida ficou em R$8,2 bilhões, abaixo dos R$6,6 bilhões no 2T21, principalmente em função do pagamento de juros sobre capital próprio. Entre os pontos positivos para investir na Vibra, o Safra destacou o fato de a companhia ser a maior empresa do ramo de distribuição de combustíveis no Brasil, com administração focada em três pilares: espaço para aprimoramento operacional, redução de custos e recuperação de participação de mercado. Entre os riscos, o Safra apontou a sensibilidade do setor à economia, com a possibilidade de mudanças nos impostos, além do impacto negativo por questões ambientais. O Safra manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 25,90.
O Bank of America apontou que o EBITDA da companhia ficou em linha com a estimativa, além de destacar a recuperação do volume e “notável recuperação nas margens em relação ao ano anterior”. O BofA manteve a recomendação de compra para a Vibra, com preço-alvo de R$37. Conforme relatório, a expectativa de melhoria na economia, iniciativas como redução de custos, fortalecimento da estratégia comercial e de varejo e oportunidades no gás natural estão entre os motivos para um aumento do potencial de médio e longo prazo.
Já o relatório do BB Investimentos reforçou que o terceiro trimestre superou as expectativas, com resultados animadores. Segundo o estudo, além de crescimento de volumes e de margens, houve aumento na rede de postos e ganho de market share – entendido como cenário ideal para o setor. O BB Investimentos manteve a recomendação de compra para o ativo, com preço alvo de R$ 32,00 para 2022.