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Rumo lidera perdas no Ibovespa após balanço do 4T21 mostrar resultados negativos

Publicado 18.02.2022, 15:01

Por Ana Beatriz Bartolo

Investing.com - A quebra na safra do milho afetou o balanço do quarto trimestre da Rumo (SA:RAIL3) de forma mais negativa do que a esperada pelo mercado. As ações da empresa sofrem um duro impacto nesta sexta-feira, 18, liderando as quedas dentro do Ibovespa.

Às 15h02, os papéis despencam 8,93%, a R$ 15,19.

Segundo o Banco Safra, a receita líquida da Rumo caiu para R$ 1,5 bilhão, uma queda de 9% em comparação com o 4T20, por causa da redução anual de 1,9% nos volumes expedidos em sua malha ferroviária, para 15,9 bilhões de TKUs, e da menor tarifa média cobrada, que recuou 6,1% ao longo do ano. O BTG Pactual (SA:BPAC11), por outro lado, destaca que enquanto o transporte dos volumes agrícolas caíram 3%, os industriais subiram 2%.

As tarifas foram impactadas negativamente pela quebra da safra de milho no segundo semestre, pelos grãos capturados em regiões mais distantes e pela compressão dos preços spot dos grãos, explica o Safra. O ponto positivo, segundo o banco, é que o ramp-up da rede Malha Central que permitiu à empresa crescer 3,1 p.p. em market share no porto de Santos.

O Ebitda da Rumo atingiu R$ 419 milhões, uma redução anual de 44,6%. Além da redução na receita, isso também foi causado por maiores custos variáveis, principalmente inflação e gastos com combustível, que saltaram 47% no período, apesar do ganho de 3,5% na eficiência energética. Isso fez com que os custos fixos da Rumo aumentassem 18,3% no ano, de acordo com o Safra.

A empresa também divulgou o guidance para 2022, que para o BTG, ficou muito abaixo das expectativas. A Rumo projeta um EBITDA entre R$ 4,1 bilhões a R$ 4,5 bilhões; um Capex total entre R$ 2,7 bilhões e R$ 2,9 bilhões; e volumes transportados de 72,0 a 76,0 TKU.

O BTG acredita que a recente queda das ações já precificou parcialmente as expectativas mais fracas para 2022, especialmente após o aumento nos custos de combustível. Assim, o banco mantém a recomendação de compra dos ativos, com preço-alvo em R$ 27. O Safra também indica compra, com preço-alvo de R$ 32,80.

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