ATWATER, Estados Unidos (Reuters) - A Waymo, unidade do veículos autônomos da Alphabet, parou de desenvolver recursos que exigem que os motoristas assumam o controle em situações perigosas, disse o presidente-executivo da companhia nesta segunda-feira, citando que a confiança no piloto automático deixa os usuários propensos a distrações e pouco preparados para assumir o volante.
A decisão é um desdobramento de experimentos da tecnologia no Vale do Silício, que mostraram os usuários dormindo, se maquiando ou distraídos com seus celulares enquanto os veículos viajavam a velocidades que atingiam os 90 quilômetros por hora.
John Krafcik, líder da Waymo, disse a jornalistas que há cerca de cinco anos a empresa imaginava uma tecnologia que poderia autonomamente conduzir carros em rodovias como uma forma rápida de entrar no mercado.
Outras montadoras de veículos autônomos incluem recursos de piloto automático semelhantes para a direção em rodovias, mas exigem que os motoristas assumam o volante em situações difíceis. A Waymo planejava fazer o mesmo.
"O que descobrimos foi bastante assustador", disse Krafcik durante uma visita da mídia a uma instalação de testes da Waymo. "É difícil assumir o controle porque eles perdem a consciência do que acontece ao redor."
Krafcik disse que depois de ver vídeos de testes realizados em 2013 a empresa decidiu que um sistema que aciona um alerta para os motoristas humanos assumirem o volante não é seguro.
Os testes filmados em 2013, com funcionários do Google dentro dos carros, não tinham sido divulgados ao público até o evento com a imprensa, disse uma porta-voz da Waymo.
A empresa decidiu focar apenas em tecnologias que não exigem intervenção humana, disse o executivo, acrescentando que a empresa está tentando identificar formas de lançar caminhões autônomos.
(Por Paresh Dave)