Futuros de ouro, prata e cobre - Projeção Semanal: 1 a 5 de dezembro

Investing.com – Os preços do ouro caíram pela segunda semana consecutiva na sexta-feira, uma vez que uma queda acentuada dos preços globais do petróleo e um dólar norte-americano amplamente mais forte reduziram o apelo pelo metal precioso.

Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de ouro com vencimento em fevereiro atingiram uma baixa da sessão de US$ 1.164,00 por onça-troy, o nível mais fraco desde 14 de novembro, antes de ficar em US$ 1.175,50 no fechamento, caindo US$ 22,00, ou 1,84%.

Na semana, os preços do ouro caíram US$ 22,20, ou 1,85%, a primeira queda semanal em três.

Espera-se que os futuros encontrem apoio em US$ 1.146,00, a baixa de 14 de novembro, e resistência em US$ 1.193,30, a alta de 28 de novembro.

Também na Comex, os futuros da prata com vencimento em março caíram 1,05 centavos, ou 6,32%, na sexta-feira, encerrando a semana em US$ 15,55 por onça-troy no fechamento do pregão.

O contratos futuros de prata de março perderam 84,0 centavos, ou 5,12%, na semana, mantendo-se em altas de duas semanas consecutivas.

O complexo de metais preciosos foi vendido uma vez que os preços do petróleo caíram após a decisão de quinta-feira da Organização dos Países Exportadores de Petróleo de manter quotas de produção inalteradas, alimentando temores com um excesso de oferta global.

Na sexta-feira, os preços do petróleo Brent negociados em Londres perderam US$ 2,43, ou 3,35%, ficando em US$ 70,15 o barril, ao passo que os futuros de petróleo bruto negociados em Nova York caíram US$ 7,54, ou 10,23%, para fechar em US$ 66,15 por barril.

Os baixos preços do petróleo tendem a pesar sobre o ouro, pois diminuem o apelo do metal como um hedge contra o petróleo conduzido pela inflação.

O índice do dólar, que mede o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,45%, para 88,41 na sexta-feira, final do dia, não muito longe das altas de mais de quatro anos de 88,52, alcançadas no início da semana.

Um dólar norte-americano mais forte geralmente pesa sobre o ouro, porque a moeda diminui o apelo do metal como um ativo alternativo e torna as commodities negociadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.

Os mercados estavam agitados em busca de mais dicas de negociações, antes de um referendo suíço que está para ser realizado sobre as reservas de ouro do Banco Central.

Os eleitores suíços devem ir às urnas em 30 de novembro para decidir se o Banco Nacional da Suíça (SNB) teria que manter pelo menos 20% de seus ativos em metais preciosos, acima dos 8% atuais.

A pesquisa de opinião mais recente divulgada na semana passada mostrou que o apoio à proposta “Salvem o ouro da Suíça” caiu para 38%, abaixo dos 44% em uma pesquisa realizada no mês passado.

A proposta, se aprovada, provavelmente aumentará os preços do ouro com relação aos níveis atuais.

Os preços do ouro tendem a permanecer vulneráveis no curto prazo em meio a indicações de um fortalecimento da recuperação econômica dos EUA forçará o Banco Central (Fed) a começar a elevar as taxas de juros mais cedo e mais rápido do que se pensava anteriormente.

As expectativas de uma taxa de empréstimo maior no futuro é algo considerado pessimista para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.

Na próxima semana, os EUA devem divulgar seu relatório de empregos para novembro, na sexta-feira, uma vez que os participantes do mercado tentam avaliar a força da maior economia do mundo e seu impacto sobre a política monetária do Banco Central.

Enquanto isso na negociação de metais, o cobre com vencimento em março caiu 11,2%, ou 3,79 centavos, na sexta-feira, encerrando a semana em US$ 2,844 por libra no fechamento do pregão.

No início do dia, os preços atingiram uma baixa da sessão de US$ 2,843, um nível não visto desde junho de 2010.

Na semana, os preços do cobre Comex perderam 18,7%, ou 6,16 centavos,em meio a preocupações contínuas com a saúde da economia global.

O cobre é sensível às projeções de crescimento econômico por causa de seu amplo uso em praticamente todos os setores.