LONDRES (Reuters) - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, manteve o ministro das Finanças, Philip Hammond, e outros ocupantes de alguns dos postos principais de seu gabinete nesta sexta-feira, um dia depois de sair enfraquecida de uma eleição parlamentar na qual não conseguiu conquistar uma maioria.
Antes da votação existia uma especulação generalizada na mídia britânica segundo a qual May iria substituir Hammond se obtivesse uma grande maioria.
Além de Hammond, o chanceler Boris Johnson, a ministra do Interior, Amber Rudd, o titular da Defesa, Michael Fallon, e o ministro do Brexit, David Davis, também irão continuar em seus cargos.
"Nenhuma outra indicação será feita esta noite", informou o gabinete de May.
A manutenção de Hammond torna menos provável o governo relaxar significativamente seu controle sobre os gastos públicos, e o Partido Trabalhista, de esquerda, obteve um resultado eleitoral melhor do que o esperado com um plano para investir mais em serviços públicos.
Hammond, de 61 anos, foi indicado por May pouco depois de ela assumir como premiê quase um ano atrás, na esteira da decisão britânica de se desfiliar do Reino Unido.
A mídia do país relatou tensões entre as equipes desde então, e seu relacionamento tem sido mais distante do que aquele do ex-premiê David Cameron e de seu ministro das Finanças, George Osborne.
Hammond levou a culpa por uma reversão de política em março, quando desistiu rapidamente de um plano para aumentar um imposto cobrado de trabalhadores autônomos depois que parlamentares conservadores protestaram argumentando que a medida violaria promessas feitas pelo partido antes de uma eleição em 2015.
(Por William Schomberg e David Milliken)