BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Agricultura informou nesta terça-feira a habilitação para a exportação para a China de oito unidades de abate de bovinos no Brasil que estavam suspensas, com a assinatura de compromisso para a habilitação de mais nove plantas em junho, quando a ministra Kátia Abreu irá ao país asiático.
O anúncio, visto como um alento para as exportações de carne bovina do Brasil, que começaram o ano demonstrando fraqueza, foi feito após reunião de Kátia Abreu com o ministro da Administração de Inspeção de Qualidade e Quarentena da China, Zhi Shuping.
O Brasil tem sido nos últimos anos o maior exportador global de carne bovina, produto importante para a balança comercial brasileira, que gerou divisas de mais de 7 bilhões de dólares ao país em 2014.
Segundo o Ministério da Agricultura, cada uma das plantas tem capacidade de exportar cerca de 20 milhões de dólares por ano.
A localização e mais detalhes sobre as unidades não foram informados de imediato.
Em novembro, a presidente Dilma Rousseff e o presidente chinês, Xi Jiping, já haviam assinado protocolo para oficializar a liberação de venda de carne bovina para o mercado chinês, embargada desde 2012 devido à suspeita de registro de mal da vaca louca no Paraná.
Mas a abertura efetiva do mercado chinês dependia de um protocolo sanitário que será assinado nesta terça-feira, no âmbito da visita do primeiro-ministro da China, Li Keqiang, ao país.
Apesar de a China nunca ter sido grande importadora de carne bovina do Brasil, a expectativa é grande para seu potencial enquanto compradora.
Nesta terça, o ministério da Agricultura também anunciou a habilitação de uma planta de aves que estava suspensa e o compromisso para habilitação em junho de mais sete plantas de aves, além de uma de suínos.
De acordo com o ministério, 29 plantas de frangos e sete de suínos já exportam para a China normalmente.
(Por Marcela Ayres)