NOVA DÉLHI (Reuters) - Empresas de táxi incluindo o Uber, operadora online de táxis proibida em Nova Délhi, terão que instalar botões de pânico se quiserem operar na capital da Índia sob novas regras criadas após alegações de que um motorista cadastrado com a empresa norte-americana estrupou uma passageira.
O escritório de transportes de Délhi, no início deste mês, ordenou à Uber Technologies, baseada em San Francisco, que interrompesse seus serviços, após um incidente que reacendeu o debate sobre a segurança das mulheres na Índia.
O Uber, através de seus aplicativos, encontra táxis para passageiros por uma taxa. Mas o governo de Délhi agora quer que todos os operadores de táxi, incluindo o Uber, tenham uma frota de táxis que funcione com combustíveis limpos e equipados com dispositivos de rastreamento e botões de emergência.
"O titular da licença deve garantir a instalação de um botão de pânico no rádio táxi para que em caso de qualquer perigo, o sinal seja transmitido para o centro de controle do licenciado e daí, para a sala de controle/delegacia de polícia mais próxima", disse o escritório de transporte de Délhi em seu site.
O Uber também enfrenta proibições ou ação legal em vários países, incluindo Espanha, Tailândia e Estados Unidos. A queixa comum das autoridades é que o serviço de Uber inclui proprietários de veículos privados não fiscalizados.
A empresa, avaliada em cerca de 40 bilhões de dólares, disse que não está de acordo com as orientações e vai continuar as negociações com os órgãos de transporte.
O Uber tem entre 3 mil a 5 mil motoristas registrados em Délhi, mas não está claro quantos dos seus carros usam combustíveis limpos na cidade.
(Por Krishna N. Das e Aditya Kalra)