Investing.com - Nos primeiros negócios da manhã desta quarta-feira na bolsa paulista, as ações do Santander operam com desvalorização de 0,74% a R$ 44,17. O banco divulgou pela manhã o resultado do trimestre, com lucro líquido recorrente de R$ 3,108 bilhões, superando em 20,2% o registrado no mesmo trimestre de 2017.
O BTG Pactual (SA:BPAC11) entende que o banco divulgou outro conjunto de sólidos dados trimestrais nesta manhã. Contudo, dado o seu excelente desempenho nos últimos dois anos e sua avaliação premium, as expectativas são naturalmente altas. Embora o lucro líquido ajustado tenha superado as estimativas, a qualidade enfraqueceu em relação aos trimestres anteriores.
Para a Coinvalores, o Santander Brasil (SA:SANB11) apresentou um resultado saudável no terceiro trimestre. Para os analistas, a exemplo do Itaú (SA:ITUB4), o banco viu os spreads se comprimirem no período e as receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias retraindo. Eles entendem que esses efeitos foram compensados pela contínua elevação da carteira de crédito do banco que foi de 3,4% em apenas três meses.
A corretora destaca que o crescimento veio basicamente das carteiras PF, sendo que a carteira de grandes empresas apresentou retração nesses meses. O índice de eficiência do banco se manteve em um patamar saudável abaixo de 40% e a inadimplência ficou estável na comparação com o 2T18. O bottom line disso tudo foi 2,8% superior ao reportado no trimestre imediatamente anterior, o que manteve o ROE do banco em 19,5%.
Resultado
O lucro do banco Santander Brasil do terceiro trimestre superou as estimativas de analistas, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, com o banco registrando mais um trimestre de forte crescimento do crédito.
O lucro líquido recorrente do Santander Brasil somou 3,108 bilhões de reais de julho a setembro, 2,85 por cento superior à estimativa média de analistas da Refinitiv e 20,2 por cento acima do lucro registrado no mesmo período do ano passado.
A carteira de crédito ampliada do banco atingiu 380,7 bilhões de reais, impulsionada por empréstimos para pessoas físicas e pequenas empresas, com alta de 3,4 por cento na comparação com o trimestre anterior e de 13,1 por cento ante o terceiro trimestre de 2017.
O índice de inadimplência de 90 dias foi de 2,9 por cento no terceiro trimestre, ligeiramente acima dos três meses anteriores.
A margem financeira bruta ficou em 10,629 bilhões de reais, apenas 1,6 por cento acima do segundo trimestre, devido a uma mudança na regulamentação dos cartões de crédito. Em relação ao terceiro trimestre de 2017, a margem financeira subiu 7,8 por cento.