BERLIM/FRANKFURT (Reuters) - O chanceler alemão, Olaf Scholz, que foi bastante criticado por uma viagem a Pequim esta semana, disse neste sábado que o comunicado conjunto dele e do presidente Xi Jinping se opondo ao uso de armas nucleares na Ucrânia foi motivo o bastante para viajar ao país asiático.
Os comentários de Scholz foram feitos um dia depois da sua visita à segunda maior economia do mundo, ao lado de CEOs corporativos importantes da Alemanha, a primeira visita de uma nação do G7 desde a pandemia de Covid-19.
“Porque o governo chinês, o presidente e eu conseguimos declarar que nenhuma arma nuclear deve ser usado nesta guerra, isso sozinho fez a viagem valer a pena”, disse Scholz, durante um evento do seu partido Social-Democrata.
Xi, que garantiu um terceiro mandato como líder duas semanas atrás, concordou que os dois líderes “se oponham em conjunto ao uso ou ameaça de uso de armas nucleares” na Ucrânia, mas não chegou a criticar a Rússia ou pedir que Moscou retire suas tropas.
Scholz, que foi criticado por aparentemente continuar uma estratégia que expõe demais a economia da Alemanha ao mercado chinês, disse que diversificar era chave para limitar possíveis repercussões, caso a relação fique azeda.
“Temos um plano claro e estamos seguindo-o. E isso significa diversificação para todos os países com que fazemos negócios, especialmente, claro, um país que é tão grande e tem uma fatia tão grande da economia mundial”, disse Scholz.
(Por Andreas Rinke e Christoph Steitz)