Investing.com - A pressão para a mudança na política de preços da Petrobras (SA:PETR4) tende a aumentar nas próximas horas. Senadores da PP e MDB, partidos que fazem parte da base de sustentação de Michel Temer cobraram no plenário a demissão do presidente da estatal, Pedro Parente. Na visão dos parlamentares, a política é a responsável pela greve de caminhoneiros com bloqueio de estradas em todo o país e desabastecimento nas cidades.
Em entrevista ao Broadcast, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), vice-presidente do Senado, pediu que o presidente Michel Temer demita Parente imediatamente. Para o tucano, o executivo é arrogante por não querer rediscutir a política de preços dos combustíveis. Para o senador, em qualquer governo minimamente sólido, Parente já teria sido demitido.
Para a senadora Ana Amélia (PP-RS), o presidente da Petrobrás não tinha credibilidade para prometer redução de preços e deveria "pedir o boné”. Já José Maranhão (MDB-PB) declarou que Parente não tem poderes absolutos e que o acionista majoritário da Petrobrás é o povo brasileiro.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE) convocou para as 19 horas de hoje uma reunião com os líderes da casa sobre a crise dos combustíveis.
As ações da Petrobras desabavam mais de 10% na bolsa brasileira nesta quinta-feira, com a perda de valor de mercado alcançando cerca de R$ 47 bilhões, em meio à reação negativa de investidores após a companhia reduzir o preço do diesel em razão dos protestos dos caminhoneiros.