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Sindicato diz que novas greves em montadoras dos EUA podem ocorrer sem aviso

Publicado 13.10.2023, 14:00
Atualizado 13.10.2023, 14:06
© Reuters. Membros do sindicato UAW protestam em frente à unidade da Ford em Louisville, Kentucky, nos Estados Unidos
12/10/2023
REUTERS/Luke Sharrett

Por David Shepardson e Joseph White

DETROIT, Estados Unidos (Reuters) - O presidente do sindicato norte-americano de metalúrgicos United Auto Workers (UAW), Shawn Fain, afirmou nesta sexta-feira que a entidade não vai ampliar a greve contra as três montadoras de Detroit no momento, mas disse que novas paralisações em outras fábricas ocorrerão sem aviso prévio, em vez de a categoria esperar cada sexta-feira para cruzar os braços.

"Estamos entrando em uma nova fase dessa luta e ela exige uma nova abordagem", disse Fain em discurso transmitido ao vivo nas mídias sociais. Ele mudou de tática na quarta-feira, quando anunciou paralisação na fábrica de picapes e SUVs da Ford (NYSE:F) em Kentucky -- a maior e mais lucrativa operação da montadora norte-americana no mundo.

"Não vamos mais esperar até as sextas-feiras (para iniciar paralisação)", disse ele.

A greve organizada pelo UAW atingiu a marca de um mês, com mais de 34 mil membros do sindicato que trabalham em fábricas da Ford, da General Motors (NYSE:GM) e da Stellantis (NYSE:STLA) em greve, incluindo os da unidade da Ford em Kentucky.

Embora Fain tenha alertado nesta sexta-feira sobre possíveis greves em todas as montadoras de Detroit, ele reservou suas falas mais duras para a Ford, acusada de tentar manipular as negociações com ofertas inadequadas, o que provocou a paralisação de quarta-feira.

Referindo-se ao lucrativo pacote salarial do presidente-executivo da Ford, Jim Farley, Fain disse que ele deveria "ir buscar o talão de cheques grande -- aquele que a Ford usa quando quer gastar milhões com executivos da empresa ou com brindes de Wall Street".

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Representantes da Ford não comentaram o assunto.

As montadoras mais do que dobraram as ofertas iniciais de aumento salarial, para uma faixa entre 20% e 23%, concordaram em elevar os salários de acordo com a inflação e melhoraram a remuneração dos trabalhadores temporários. No entanto, o UAW defende reajustes maiores e outras demandas.

Nas últimas quatro semanas, Fain usou os discursos das sextas-feiras para anunciar outras paralisações ou delinear o progresso nas negociações.

O UAW negociou intensamente esta semana com a Stellantis, incluindo longas conversas na quinta-feira. A entidade está discutindo com a GM sobre os parâmetros de um acordo para incluir trabalhadores de fábricas de baterias da empresa em um grande contrato de trabalho.

Stellantis e GM não comentaram o assunto.

Analistas da Wells Fargo (NYSE:WFC) estimaram que a Ford perderá cerca de 150 milhões de dólares por semana devido à greve na fábrica de Kentucky.

Alguns analistas disseram que a decisão de fechar a fábrica em Kentucky e outras operações de alto rendimento das três grandes montadoras de Detroit -- GM, Ford e Stellantis -- é um sinal de que o fim do jogo pode estar começando na disputa trabalhista.

"O fechamento da fábrica da Ford em Kentucky começou a aumentar a pressão sobre GM e Stellantis, e eles estão começando a fazer progressos", disse Arthur Wheaton, diretor de estudos trabalhistas da Universidade de Cornell.

Na quinta-feira, um executivo sênior da Ford disse que a montadora estava "no limite" do que poderia gastar com salários e benefícios mais altos para o UAW. A última oferta incluiu um aumento salarial de 23% até o início de 2028.

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"Deixamos bem claro que estamos no limite", disse Kumar Galhotra, chefe da unidade de veículos de combustão da Ford. "Nós nos esforçamos para chegar a esse ponto. Ir além disso prejudicará nossa capacidade de investir no negócio."

Fain respondeu na sexta-feira: "Achei uma ironia patética essa declaração. Sabe quem chegou ao seu limite? As dezenas de milhares de trabalhadores da Ford que não têm segurança na aposentadoria".

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