Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras, mas sobe em semana marcada por resultados corporativos
Investing.com — O cenário para as ações norte-americanas permanece incerto, à medida que os investidores avaliam os efeitos das recentes mudanças na política comercial do governo Trump, de acordo com avaliação do UBS.
Em relatório divulgado na quarta-feira, o banco apontou que novos "catalisadores relevantes" estão se formando no curto prazo para os mercados acionários, entre eles o aguardado anúncio de tarifas recíprocas pelo presidente Donald Trump, previsto para 2 de abril.
Economistas e representantes do setor produtivo vêm alertando que tais medidas tarifárias podem provocar aumento da inflação e desacelerar a economia dos Estados Unidos. Essas preocupações em relação ao impacto ampliado das tarifas contribuíram para a instabilidade recente nos mercados globais, embora a volatilidade tenha perdido força nos últimos dias.
O UBS também observou que as receitas e lucros corporativos começaram a perder ritmo em relação aos níveis anteriores, o que contrasta com o desempenho de empresas em outras regiões e reforça a fragilidade das bolsas norte-americanas.
O índice S&P 500 encerrou a sessão de terça-feira em alta, mas acumula queda de 1,6% no ano. Em sentido oposto, o Stoxx 600, principal índice europeu, registra valorização superior a 7% no mesmo período, impulsionado por avaliações mais atrativas e políticas fiscais expansionistas adotadas por alguns governos da região.
Recentemente, o S&P chegou a entrar brevemente em zona de correção — definida como uma queda de 10% em relação ao pico mais recente.
Ainda assim, indicadores como os índices de gerentes de compras e o composto avançado da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) não apontam, até o momento, para desaceleração concreta da economia dos EUA, segundo análise do UBS liderada por Maxwell Grinacoff.
“Os mercados já estão precificando uma desaceleração que ainda não se manifesta nos dados macroeconômicos”, escreveram os analistas. “Projetamos uma recuperação de curto prazo, mas vemos risco de renovada fraqueza caso as expectativas de lucro não se estabilizem e a incerteza política persista.”
Diante desse contexto, a recomendação é de posicionamento mais defensivo, com foco em ações de empresas capazes de manter retornos consistentes mesmo em cenários voláteis. Entre os destaques estão os papéis de companhias do setor de utilidade pública, como Ameren (NYSE:AEE) e Entergy (NYSE:ETR).
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