Petróleo sobe após Trump dizer que Índia deixará de comprar petróleo russo

EdiçãoJulio Alves
Publicado 16.10.2025, 08:30
© Reuters.

Investing.com – Os preços do petróleo avançavam na manhã desta quinta-feira, sustentados pela expectativa de oferta mais limitada, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que a Índia concordou em interromper as compras de petróleo da Rússia.

As declarações de Trump trouxeram alívio a um mercado pressionado nos últimos dias pelas tensões comerciais entre EUA e China e pelos receios de um possível excesso de oferta.

Às 7 h de Brasília, os contratos futuros do Brent subiam 0,5%, para US$ 62,23 o barril, enquanto o WTI também avançava 0,57%, para US$ 58,60. Ambos haviam recuado no início da semana para as mínimas em cinco meses.

Nos próximos dias, o foco dos investidores se voltará para os dados de estoques de petróleo dos EUA, que devem trazer novas pistas sobre a demanda no maior consumidor global de combustíveis, especialmente em meio à paralisação prolongada do governo americano.

Trump afirma que Índia vai interromper importações de petróleo russo

Trump disse a repórteres na quarta-feira ter recebido garantias do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, de que a Índia reduzirá suas compras de petróleo da Rússia “em breve”. Embora o governo indiano ainda não tenha confirmado oficialmente, a possibilidade de o país, um dos maiores importadores globais, buscar fornecedores alternativos reforça a percepção de menor oferta no curto prazo.

Índia e China permanecem entre os principais compradores de petróleo russo, enfrentando críticas internacionais por continuarem importando o produto com desconto e, assim, contribuírem para o financiamento do esforço de guerra de Moscou contra a Ucrânia.

Em agosto, Trump havia imposto tarifas de 50% sobre as importações indianas em retaliação às compras de petróleo russo e indicou que pretende pressionar a China a adotar medida semelhante. Caso confirme a mudança, a Índia provavelmente pagará mais caro ao substituir parte do fornecimento, embora a fraqueza recente do mercado global de petróleo possa atenuar o impacto sobre os preços domésticos.

Tensões EUA-China e temor de excesso de oferta ainda limitam ganhos do petróleo

Apesar da recuperação desta quinta-feira, o mercado de petróleo acumula fortes perdas na semana, refletindo a piora nas relações comerciais entre Washington e Pequim e as projeções mais negativas da Agência Internacional de Energia (AIE) para oferta e demanda.

As tensões aumentaram depois que Trump ameaçou impor tarifas de 100% sobre produtos chineses, criticando os controles de exportação de terras raras e sugerindo a possibilidade de romper parte das relações comerciais. Pequim reagiu com firmeza, ampliando a incerteza sobre o comércio global.

Além disso, a AIE alertou que a produção crescente da Opep+ e o arrefecimento da demanda mundial podem gerar um excedente expressivo em 2026, maior do que o estimado anteriormente. A agência observou que a desaceleração econômica global tende a reduzir o consumo de energia e que a ampliação da oferta deve manter os preços sob pressão.

Ainda assim, o mercado encontra algum suporte nas expectativas de que o Federal Reserve anuncie um corte de juros em outubro, após o presidente Jerome Powell adotar tom mais brando em seus últimos discursos. O enfraquecimento do dólar diante dessas declarações contribuiu para sustentar as cotações das commodities nesta sessão.

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