Paralisação do governo dos EUA terá efeitos temporários sobre a economia
SÃO PAULO (Reuters) - A agência reguladora paulista Arsesp anunciou nesta sexta-feira um novo plano de "gestão hídrica" para tentar conter a baixa dos reservatórios de água que abastecem a população do Estado e na esperança de evitar o cenário de crise hídrica de dez anos atrás, quando racionamentos foram decretados em várias cidades paulistas.
A agência publicou a norma com sete "faixas de atuação", com medidas cada vez mais restritivas na oferta de água à população que variam de acordo com o nível dos reservatórios.
O presidente da Arsesp, Thiago Mesquita, afirmou em entrevista a jornalistas que a região metropolitana de São Paulo, que abriga cerca de 22 milhões de habitantes, está atualmente na faixa 3 de atuação, com um nível dos reservatórios de cerca de 29%. Isso significa que a pressão nas redes de distribuição de água é reduzida durante 10 horas.
Segundo o governo do Estado, essa "redução de pressão" não pode ser chamada de racionamento, que seria a medida mais restritiva a ser adotada, na qual regiões inteiras ficam totalmente sem água durante horas previamente estabelecidas.
"Este (racionamento) é a última medida que será adotada e é um cenário que sequer estamos próximos de chegar", disse Mesquita, embora tenha afirmado que a expectativa da agência é de que os reservatórios metropolitanos continuem secando até o final do ano.
"Se for uma queda dos reservatórios em linha com o projetado na curva de contingência, permaneceremos na faixa 3 e, portanto, não será necessário nenhuma medida adicional", disse Mesquita.
A última faixa antes do racionamento, a 6, prevê até 16 horas de redução de pressão na rede de abastecimento de água da população.
Segundo ele, para determinar uma mudança de faixa mais restritiva, o nível dos reservatórios tem que ficar pelo menos sete dias abaixo do nível esperado para o período. No caso oposto, de relaxamento das medidas de economia, serão necessários 14 dias consecutivos acima do patamar esperado de reservação.
Nesta sexta-feira, o reservatório com a situação mais crítica na região metropolitana é o do Alto Tietê, com apenas 22,8% do volume de água ocupado. O sistema com melhor situação é o de Rio Grande, com 54,2% de reservação ocupada.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
