Taesa planeja participar de leilão de transmissão em outubro

Publicado 26.06.2025, 16:16
Atualizado 26.06.2025, 16:20
© Reuters. Torres de transmissão em Brasílian6/06/2022nREUTERS/Ueslei Marcelino

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Taesa (BVMF:TAEE11) planeja participar do leilão de linhas de transmissão do governo previsto para ocorrer em 31 de outubro, disse nesta quinta-feira o diretor presidente da companhia, Rinaldo Pecchio.

Uma prévia do edital do leilão de transmissão, o único a ser realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) este ano, foi aprovada na terça-feira e será enviada para fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU).

O documento preliminar estabelece o leilão de 11 lotes, com investimento total estimado de R$7,96 bilhões, segundo a autarquia.

A estratégia da Taesa para o certame está sendo desenhada internamente, mas normalmente a companhia tende a participar sozinha em leilões, segundo o executivo.

"Esse é mais uma leilão com participação e análise da Taesa e olhando os projetos que fazem sentido e dão retorno para os acionistas", disse Pecchio, a jornalistas, nos bastidores do evento Energy Summit, no Rio de Janeiro.

"Não dá para falar que vamos ganhar alguma coisa, mas vamos trabalhar muito sério... a tendência é ir sozinho, mas estamos analisando lotes e tem lotes que às vezes pode fazer sentido ir com uma empresa. É cedo para falar a estratégia", acrescentou.

A Taesa tem atualmente cerca de R$1,5 bilhão de obras em execução e os novos leiloes abrem espaço para um novo plano de investimentos, segundo o executivo. A companhia normalmente capta boa parte dos recursos a serem investidos no mercado e, a alta da taxa Selic, hoje em 15%, preocupa ao encarecer projetos, afirmou.

A companhia também vai analisar a participação em outros leilões do setor de energia: de reserva de capacidade e baterias.

"É uma tecnologia que é nossa obrigação olhar... qual vai ser agressividade e retorno ainda tem que avaliar, mas em tese é uma área que vai avançar bastante", afirmou ele.

A Taesa conta hoje com cerca de 15 mil quilômetros de linhas de transmissão no país e 44 concessões na área de energia, segundo o executivo.

Pecchio também comentou acreditar que a crise orçamentária na Aneel é preocupante para o setor elétrico.

"Uma agência que tem problemas não é bom pra ninguém, vemos com preocupação e esperamos que a Aneel tenha colaboradores e investimentos necessários, porque isso é segurança como um todo", completou.

Mais cedo nesta quinta-feira, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, afirmou a jornalistas que pediu ao governo o desbloqueio imediato de recursos para evitar sua paralisação, após identificar uma situação crítica com a imposição de cortes de orçamento.

 

 

(Por Rodrigo Viga Gaier)

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