As taxas de juros futuros se ajustaram em baixa após a abertura da sessão de negócios em sintonia com o recuo do rendimentos dos Treasuries, que seguem em queda antes de novos recados sobre a política monetária dos Estados Unidos por dirigentes do Federal Reserve (Fed) ao longo desta quarta-feira (8). O foco também fica no discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem marcado café da manhã com o Conselho Político da Coalizão e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Nesta terça-feira, 7, Lula voltou à carga, reiterando críticas ao nível da taxa básica de juros, em 13,75%. Fontes disseram ao Estadão/Broadcast que, após o tom mais amistoso da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o presidente está sendo aconselhado por ministros a baixar a temperatura no confronto contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Agora pela manhã, Lula e Haddad vão tratar da reforma tributária e da medida provisória que restabelece o voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Ainda no Brasil, à tarde, atenção para o diretor de Política Monetária, Bruno Serra, que encerra o mandato no final deste mês e participa de evento.
Já nos Estados Unidos, após o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, dar certo impulso às bolsas ao dizer que o processo desinflacionário já teve início, os investidores redobram a atenção às falas da diretora da instituição Lisa Cook e do presidente da distrital de Nova York, John Williams. O dólar e os juros dos Treasuries recuavam, evidenciando ajustes de posição à espera de novos sinais de política monetária por membros do BC americano.
Às 9h10 desta quarta-feira, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 era de 13,64%, de 13,66% de ontem, e a do DI para janeiro de 2025 exibia 13,06% ante 13,10%. Já o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 13,10%, estável no ajuste em relação à véspera.
Os juros futuros de curto e médio prazos fecharam a sessão de ontem em queda, enquanto os longos terminaram em alta. A leitura da ata do Copom trouxe alívio até os contratos intermediários, mas o restante da curva ficou sujeito à volatilidade após as falas de Powell e de Lula.