🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Taxas futuras têm queda firme com influência de marco fiscal e Treasuries

Publicado 23.08.2023, 17:05
© Reuters. Moedas de R$1
15/10/2010
REUTERS/Bruno Domingos
USD/BRL
-
US10YT=X
-

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos contratos futuros de juros tiveram queda firme na sessão desta quarta-feira, em especial na ponta longa, após a aprovação definitiva do novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados e a melhora da percepção no exterior, onde a curva de juros norte-americana também cedia.

Na noite de terça-feira, a Câmara aprovou o novo marco fiscal, dando fim a negociações entre governo e parlamentares que se arrastavam há semanas. O texto segue agora à sanção presidencial.

Com a aprovação, dois fatores impactaram os mercados nesta quarta-feira: o fato de a votação ter sido concluída, após semanas de adiamentos; e a retirada de pontos do texto vindo do Senado que abriam margem a mais gastos do governo.

Os dois fatores foram considerados positivos e favoreceram o fechamento da curva de juros, em um dia em que o dólar hoje à vista também reagiu positivamente à aprovação, com queda superior a 1% ante o real.

“A Câmara tornou o arcabouço mais conservador”, resumiu Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research.

Os parlamentares excluíram do texto final o dispositivo que alterava o cálculo do prazo da inflação para abrir espaço de até 40 bilhões de reais no Orçamento de 2024, o que foi bem recebido pelo mercado.

Na tarde desta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a aprovação do novo marco fiscal que, segundo ele, encaminha o país para um cenário de equilíbrio fiscal. Porém, o próprio ministro indicou que 2024 “não será um ano fácil”.

"Obviamente que (2024) não será um ano fácil para nós, é muito desafiador o que estamos nos colocando", disse Haddad, durante entrevista coletiva em Johanesburgo, onde acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula do Brics. A meta do governo para o próximo ano é de zerar o déficit fiscal.

Além do impulso interno, a curva a termo repercutiu nesta quarta-feira a queda firme dos rendimentos dos Treasuries, após a divulgação de dados fracos da atividade empresarial nos EUA.

A S&P Global informou que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto dos EUA, que acompanha os setores de manufatura e serviços, caiu para 50,4 em agosto, de 52 em julho, na maior baixa desde novembro de 2022. Na prática, a atividade empresarial aproximou-se em agosto da estagnação, com o crescimento no ritmo mais fraco desde fevereiro.

Os números norte-americanos -- somados às dificuldades recentes na China e na Europa -- elevaram a percepção de que a inflação nos EUA pode desacelerar a ponto de o Federal Reserve manter sua taxa de referência no patamar atual, na faixa de 5,25% a 5,50%, ou começar a cortá-la antes do previsto. Neste contexto, os rendimentos dos Treasuries despencaram.

“Toda a curva está baixando, mas principalmente nos vértices mais longos, onde houve um estresse grande na semana passada. E quando a curva baixa lá fora, isso ajuda bastante na queda dos juros no Brasil”, pontuou Quaresma, da Empiricus.

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2024 estava em 12,405%, ante 12,424% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,43%, ante 10,536% do ajuste anterior. Na ponta longa, a taxa para janeiro de 2026 estava em 10,01%, ante 10,161% do ajuste anterior, e a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,195%, ante 10,371%.

© Reuters. Moedas de R$1
15/10/2010
REUTERS/Bruno Domingos

Perto do fechamento desta quarta-feira, a curva a termo brasileira precificava 14% de chances de o corte da Selic em setembro ser de 0,75 ponto percentual. Já as chances de corte de 0,50 ponto percentual seguem majoritárias, precificadas em 86%. Atualmente, a taxa básica Selic está em 13,25% ao ano.

No exterior, os rendimentos dos Treasuries de 10 anos seguiam em queda firme, superior a 10 pontos-base.

Às 16:37 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos --referência global para decisões de investimento-- caía 14,00 pontos-base, a 4,1879%.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.