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Taylor acusa Corte Internacional de comprar testemunhas

Publicado 16.05.2012, 11:32

Bruxelas, 16 mai (EFE).- O ex-presidente da Libéria Charles Taylor acusou nesta quarta-feira a procuradoria do Tribunal Especial de Serra Leoa (TESL) de pagar testemunhas contra ele, após ter sido declarado culpado por crimes de guerra e contra a humanidade cometidos durante a guerra civil.

O primeiro ex-chefe de Estado condenado por um tribunal internacional afirmou que as testemunhas da acusação foram pagas, forçadas e ameaçadas pela procuradoria para testemunharem contra ele. A defesa e a procuradoria se reuniram hoje em uma audiência para fixar a pena, que será conhecida em 30 de maio.

A procuradoria pede 80 anos de prisão para o ex-líder, de 64 anos, que foi declarado culpado no mês passado por ajudar os rebeldes de Serra Leoa em troca de "diamantes de sangue", pedras preciosas extraídas em Serra Leoa por escravos, muitos deles crianças.

Entre as testemunhas convocadas para o julgamento estavam a modelo Naomi Campbell, a quem o ditador supostamente tinha presenteado diamantes, assim como o ex-agente da modelo Carol White e a atriz Mia Farrow.

O ex-presidente da Libéria, considerado cúmplice dos crimes cometidos pela Frente Revolucionária Unida (RUF) na guerra civil que assolou Serra Leoa entre 1996 e 2002, defendeu seu papel na pacificação da área e destacou que fez tudo com "honra" e "integridade".

Em sua condenação, os juízes reconheceram que Taylor não fazia parte da cadeia de comando que dava ordens aos rebeldes, mas facilitava o apoio logístico, moral e o fornecimento de armas e munição. O ex-presidente liberiano foi declarado culpado por assassinatos, violações de meninas e mulheres e recrutamento de crianças.

Taylor ainda expressou "tristeza e simpatia" pelas vítimas e os parentes do conflito em Serra Leoa, e disse que também sofreu perdas durante a guerra da Libéria. A guerra civil em Serra Leoa deixou mais de 100 mil vítimas, entre elas uma multidão de mutilados, e causou 50 mil mortes.

Taylor, que cumprirá a pena em uma prisão no Reino Unido, não será condenado à cadeia perpétua já que os estatutos do Tribunal Especial de Serra Leoa não preveem esta pena, mas um encarceramento de longa duração e sem limite previsto.

O tribunal demorou quase cinco anos para anunciar a decisão, em parte devido aos frequentes obstáculos provocados pela defesa Taylor para tentar atrasar o julgamento. Um dos maiores atrasos aconteceu em 2007, quando Taylor despediu seus advogados e demorou seis meses para recompor sua equipe. EFE

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