Por Marcela Ayres
SÃO PAULO (Reuters) - A Telefônica Brasil, líder em telefonia móvel no Brasil com a marca Vivo, viu avanço anual de 34,5 por cento no lucro do terceiro trimestre, a 1,022 bilhão de reais, beneficiada por menor depreciação e ganhos fiscais no período.
Já a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) teve avanço de 7 por cento sobre o mesmo trimestre do ano passado, a 2,548 bilhões de reais.
Analistas, em média, esperavam Ebitda de 2,57 bilhões de reais e lucro líquido de 932 milhões, segundo pesquisa da Reuters.
O resultado final da companhia controlada pela espanhola Telefónica foi puxado por recuo 4,3 por cento na linha de depreciação e amortização, a 1,31 bilhão de reais, principalmente em função do ganho obtido em revisão periódica de vida útil de ativos imobilizados.
Além disso, a companhia também registrou ganhos fiscais gerados na declaração de juros sobre capital próprio no período, informou.
Entre julho e setembro, a receita operacional líquida da Telefônica Brasil subiu 1,2 por cento sobre igual trimestre do ano passado, a 8,72 bilhões de reais. Enquanto a receita operacional móvel avançou 3,5 por cento, a 5,94 bilhões de reais, o faturamento com serviços fixos caiu 3,2 por cento, a 2,79 bilhões.
A base de linhas celulares cresceu 4,2 por cento no trimestre, para 79,823 milhões, com aumento de 22,8 por cento na base de usuários pós-pagos e declínio de 3,4 por cento nos clientes pré-pagos, menos rentáveis.
A receita média por usuário (arpu) fechou o período estável sobre um ano antes, a 23,60 reais por mês, com a alta de 16,2 por cento da arpu de dados compensando o declínio de 8,1 por cento na arpu de voz.
A companhia reduziu os investimentos em 16,6 por cento na comparação anual, a 1,559 bilhão de reais no terceiro trimestre.
O grupo encerrou setembro com dívida líquida de 1,45 bilhão de reais, equivalente a 0,14 vez do Ebitda no acumulado dos resultados dos últimos 12 meses.