Por Christoph Steitz e Tom Käckenhoff
FRANKFURT/DUESSELDORF (Reuters) - A ThyssenKrupp (ETR:TKAG) lançou nesta segunda-feira a tão esperada listagem de sua divisão de hidrogênio Nucera, sugerindo que seu novo presidente-executivo pretende não perder tempo em reviver as fortunas do conglomerado em apuros.
A Thyssenkrupp Nucera, uma joint venture 66:34 com a italiana De Nora, visa receitas de até 600 milhões de euros (647 milhões de dólares) por meio da venda de novas ações, confirmando os planos iniciais de listagem traçados pela primeira vez no início de 2022.
A oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), que foi adiada pelas fracas condições do mercado após a guerra na Ucrânia, deve ser concluída antes das férias de verão, dependendo das condições do mercado, disse a empresa.
A operação ocorre no momento em que a tecnologia do hidrogênio vem recebendo impulso de legislação favorável nos Estados Unidos e na Europa, que buscam fortalecer a tecnologia para ajudar a indústrias de difícil descarbonização, como aço e produtos químicos, a reduzir suas emissões.
"Nossa meta é participar significativamente do crescimento de um dos principais facilitadores da transformação verde", disse o CEO da Thyssenkrupp, Miguel Lopez, que assumiu o cargo no início do mês.
"Um potencial IPO aumentaria a flexibilidade financeira da Thyssenkrupp Nucera e aumentaria seu perfil como fornecedor líder de tecnologia para a produção de hidrogênio verde", disse ele.
A Nucera fabrica eletrolisadores para produzir hidrogênio verde, área em que compete com a norueguesa Nel, a britânica ITM Power, a francesa McPhy Energy e a norte-americana Plug Power.
No final de março, a carteira de pedidos da Nucera era de 1,4 bilhão de euros. As vendas do primeiro semestre aumentaram 74%, para 306 milhões de euros, enquanto o lucro do grupo antes de juros e impostos aumentou 87%, para 13,3 milhões de euros.
(Reportagem de Christoph Steitz e Tom Kaeckenhoff; Reportagem adicional de Francesca Landini)