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Tom mais duro de BCs leva a cautela global e derruba Ibovespa em 1,04%

Publicado 17.12.2021, 15:48
© Reuters.  Tom mais duro de BCs leva a cautela global e derruba Ibovespa em 1,04%
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A cautela externa após uma semana de decisões monetárias duras ao redor do mundo deu o tom para a bolsa brasileira hoje. Nem mesmo o leilão do excedente da cessão onerosa, que arrecadou R$ 11,1 bilhões, o aumento do preço do minério na China ou o bom desempenho do setor de alimentos conseguiu segurar o efeito que o combo bolsas globais e petróleo em queda, risco Ômicron e vencimento de opções sobre ações ,aqui e nos EUA, tiveram sobre o Ibovespa hoje. No entanto, serviram para segurá-lo longe das mínimas do dia, alcançadas logo após a abertura do mercado americano, quando o índice tocou os 106 mil pontos.

Assim, o Ibovespa terminou a última sexta-feira útil do ano em queda de 1,04%, aos 107.200,56 pontos. Na mínima do dia, chegou aos 106.517,80 pontos, em queda de 1,67%. No pico, que coincidiu com a abertura, foi aos 108.324,34 pontos. Na semana, o balanço foi de estabilidade, com o índice acumulando queda de 0,52%.

"A inflação acabou vindo mais rápida e num volume muito acima do que se esperava e isso obrigou os BCs a antecipar a redução de estímulos monetários. Ela já ocorreria, mas não esperávamos que fosse tão rápida. O que estamos vendo hoje é um reflexo disso", explica Zeller Bernardino, da Valor Investimentos.

Além da aceleração da redução de estímulos e previsão de três altas nos juros nos Estados Unidos em 2022, anunciada na quarta pelo Federal Reserve (Fed), o mercado viu ainda decisões mais duras na Zona do Euro e no Reino Unido, ontem, e do Japão, que anunciou nessa madrugada que encerrará seu programa de estímulos no ano que vem. Com a onda de aperto pelos bancos centrais, o mundo se preocupa agora com os efeitos práticos sobre a quantidade e o fluxo de investimentos, com a liquidez do mundo mais enxuta e ativos de menor risco mais atraentes, o que prejudica emergentes.

Lá fora, Dow Jones e S&P 500 encerram o dia em queda de 1,48% e 1,03%. Já Nasdaq, que chegou a operar no azul, encerrou o pregão perto da estabilidade, em baixa de 0,07%.

"Os investidores seguem bastante cautelosos e ainda digerindo as decisões de política monetária dos bancos centrais mundo afora, que seguem a prioridade de lutar contra a inflação alta, restringindo flexibilizações monetárias. Ao mesmo tempo em que a gente vê possíveis impactos da variante Ômicron mundo afora", completa Bruno Madruga, head de renda variável da Monte Bravo Investimentos.

A nova variante da covid-19 voltou aos holofotes hoje, após dados preocupantes, sobretudo na Europa. No Reino Unido, o governo prevê que os casos devem dobrar a cada dois dias. Ontem o país teve 88 mil casos de coronavírus - recorde desde o início da pandemia - e estima-se que 41% das infecções sejam pela nova variante. Além disso, na África do Sul, um dos primeiros países a registrar casos da Ômicron, houve aumento de 70% das pessoas hospitalizadas.

Além de inserir cautela nas bolsas globais, as notícias derrubaram o preço do barril de petróleo. A queda ocorre sobretudo porque, caso novos lockdowns ou restrições sejam impostas, há um impacto na demanda. Assim, o barril do Brent terminou o dia em queda de 2,00%, e o WTI, de 1,98%.

Com isso, as ações da Petrobras (SA:PETR4) terminaram o dia em queda de 2,44% (ON) e 2,36% (PN). Nem mesmo o leilão do excedente da cessão onerosa, que teve a petroleira arrematando as duas áreas leiloadas - Sépia e Atapu - por meio de consórcios com outras empresas, conseguiu mudar o sentimento. Movimento similar ocorreu com as siderúrgicas e metalúrgicas, que não conseguiram emplacar bom desempenho mesmo com alta de 3,05% no preço do minério de ferro no porto de Qingdao, na China. A Vale (SA:VALE3), papel de maior peso no Ibovespa, encerrou o dia com recuo de 1,58%.

"Mesmo com o avanço do minério na China, as nossas siderúrgicas e mineradoras não conseguiram segurar. Hoje também é dia de exercício, aqui de opções e lá fora tem o exercício triplo. E isso traz mais volatilidade", aponta Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

No setor financeiro, os bancos também contribuem com forte desempenho negativo, com Banco do Brasil (SA:BBAS3) liderando as perdas e caindo mais de 3%. Por outro lado, o setor de alimentos destoa do comportamento da bolsa, embalado pelo noticiário corporativo favorável e por notícias de demanda na China. Destaque para a BRF (SA:BRFS3), que subiu 5,39% após anunciar, ontem, aumento de capital por meio de oferta pública de distribuição primária, que tem potencial de movimentar R$ 6,6 bilhões, A Marfrig (SA:MRFG3), que detém parte da BRF, também subiu 3,71%.

Apesar do desempenho negativo essa semana, as duas outras primeiras semanas do mês, de alta firme, levam o Ibovespa a acumular alta de 5,19% em dezembro. As próximas semanas, que antecedem o Natal e o Ano Novo, devem ser de liquidez mais fraca, o que pode inserir alguma volatilidade no índice.

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