Por James Oliphant
FORT MYERS, Estados Unidos (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou nesta quinta-feira os primeiros agentes de socorro da Flórida a reagirem ao devastador furacão Irma, a segunda grande tempestade a atingir os Estados Unidos neste ano, por terem limitado o número de mortes.
A visita de Trump aconteceu um dia depois de a polícia em Hollywood, na Flórida, iniciar uma investigação criminal em um asilo no qual oito pacientes morreram depois que a instituição ficou sem energia e continuou operando com pouco ou nenhum ar condicionado sob um calor sufocante.
O total de mortes do Irma estava em 81 nesta quinta-feira, incluindo 38 nos EUA, sendo que várias ilhas do Caribe duramente atingidas, incluindo Porto Rico e as Ilhas Virgens norte-americanas, computaram mais da metade das fatalidades.
Autoridades da Flórida, como o governador Rick Scott e o senador Marco Rubio, receberam Trump e seu vice, Mike Pence, em Fort Myers.
Mais tarde o presidente, que usava um boné de beisebol com as letras USA, visitou Naples, perto de onde o Irma chegou primeiramente ao território norte-americano no domingo, e entregou sanduíches a moradores em uma estação de alimentação.
Trump elogiou os socorristas e as autoridades locais pela maneira como lidaram com a tempestade.
"Quando você pensa no poder incrível da tempestade, e embora pessoas infelizmente tenham falecido, era um número muito pequeno", disse Trump. "As pessoas pensaram que milhares e milhares de pessoas poderiam morrer, e o número é um número muito pequeno, o que é um grande mérito de vocês".
Foi a terceira visita de Trump a uma parte do país atingida por uma tempestade nas últimas três semanas – ele esteve no Texas após as inundações recordes do furacão Harvey –, um gesto visto como uma tentativa clara de evitar as críticas que o ex-presidente republicano George W. Bush recebeu devido à reação lenta e ineficiente de seu governo ao furacão Katrina, que matou 1.800 pessoas ao redor de Nova Orleans em 2005.
Bombeiros e médicos que responderam a uma chamada de emergência na quarta-feira em Hollywood, no norte de Miami, encontraram três pessoas mortas em um edifício cujo segundo andar o chefe de polícia descreveu mais tarde como "extremamente quente".
Autoridades de Hollywood disseram que oito pessoas de idades entre 71 e 99 anos morreram na instituição sem fins lucrativos Centro de Reabilitação de Hollywood Hills, mas que as causas ainda não foram determinadas.
Cerca de 3,1 milhões de casas e negócios, que representam perto de um terço da população do Estado, ainda estavam sem eletricidade na Flórida e em Estados vizinhos nesta quinta-feira.
(Reportagem adicional de David Alexander em Washington, Zachary Fagenson em Miami, Letitia Stein em Detroit, Colleen Jenkins em Winston-Salem, Carolina do Norte, Brendan O'Brien em Milwaukee e Gina Cherelus, Jessica Resnick-Ault e Scott DiSavino em Nova York)