Por John Whitesides
WASHINGTON (Reuters) - O republicano Donald Trump e o democrata Barack Obama vão fazer aparições em eventos de campanha neste domingo, tentando aumentar a participação nas eleições de meio de mandato, enquanto pesquisas mostram que dezenas de disputadas para o Congresso e governos estaduais estão muito acirradas para se identificar um provável vencedor.
O atual e o ex-presidente ainda são as figuras mais populares em seus respectivos partidos e suas aparições destinam-se a estimular os eleitores nos estágios finais de uma eleição parlamentar vista como um referendo sobre os dois primeiros anos de Trump na Casa Branca.
Pesquisas de opinião e analistas eleitorais mostram os democratas favoritos para vencer na terça-feira os 23 assentos que necessitam para conquistar a maioria na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o que lhes permitiria frustrar a agenda legislativa de Trump e investigar sua administração.
Os republicanos devem manter sua pequena maioria no Senado dos EUA, atualmente de dois assentos, o que permitiria que eles retivessem o poder de aprovar as indicações para a Suprema Corte dos EUA e outras indicações judiciais.
Em um esforço que antes da votação final na terça-feira, Trump vai participar de comícios na Geórgia, que tem uma das corridas para o governo estadual mais disputada do país, e no Tennessee, onde a disputa pela vaga no Senado está bem acirrada.
Nos estágios finais da campanha, Trump ampliou sua retórica linha-dura sobre questões de imigração e cultura, incluindo advertências sobre uma caravana de migrantes que se dirige para a fronteira com o México.
Ronna McDaniel, chefe do Comitê Nacional Republicano, disse que a mídia preferiu se concentrar na retórica de imigração de Trump, embora ele também tenha falado sobre ganhos econômicos e de emprego sob sua presidência.
Na sexta-feira, o Departamento do Trabalho informou que a geração de emprego foi claramente melhor do que a esperada em outubro, com a taxa de desemprego estável em 3,7 por cento e os salários registrando seu melhor ganho anual em quase uma década.
"Esse é um ótimo argumento final", disse ela no programa "This Week" da ABC. "A economia é uma força motriz".
Obama aparecerá em Indiana, onde o senador democrata Joe Donnelly está em uma dura corrida para a reeleição, e em Illinois, onde a corrida pelo governo do Estado é crucial e a disputa por cadeiras na Câmara dos Deputados está bem acirrada.
A aparição de Obama na campanha é a segunda em três dias. Na sexta-feira, ele condenou a cultura do medo de Trump e o que ele classificou como desdém pela verdade.
Na batalha pelo Senado, os democratas estão defendendo assentos em 10 Estados que Trump ganhou na eleição presidencial de 2016, incluindo um punhado que ele ganhou com vantagem de dois dígitos.
Até a manhã de domingo, quase 34,4 milhões de pessoas tinham votado com antecedência, de acordo com o Projeto Eleitoral da Universidade da Flórida, que acompanha a participação. Isso representa um aumento de 67,8 por cento em relação aos 20,5 milhões de votos iniciais em 2014, a última eleição federal em que a Casa Branca não estava em jogo.
(Por John Whitesides)