Por Gabriel Codas
Investing.com - Nesta sexta-feira o banco de investimentos UBS elevou as recomendações das ações da Azul (SA:AZUL4) e Gol (SA:GOLL4) de Venda para Neutra, mas cortaram os preços-alvo de R$ 43,1 para R$ 17,4 e de R$ 24,4 para R$ 12,00, respectivamente. No caso da Latam, a recomendação foi mantida como Neutra, com alvo indo de US$ 9,8 para US$ 3,8.
Assim, por volta das 15h40, os papéis da Azul somavam 0,50% a R$ 16,08, enquanto que os da Gol tinha alta de 0,94% a R$ 11,87. Já a Latam (NYSE:LTM), nos EUA, tem salto de 5,81% a US$ 3,64.
Os analistas destacam que, diferentemente dos aeroportos mexicanos, investir em companhias aéreas da América Latina em meio às incertezas do COVID-19 não parece ser uma decisão óbvia de investimento, pois as empresas gastam um dinheiro significativo durante a crise; as desvalorizações cambiais impactaram significativamente a dívida e os custos das empresas; e as posições de liquidez podem se tornar preocupantes, dependendo do momento da recuperação do tráfego.
Além disso, a ajuda potencial dos governos poderia assumir a forma de instrumentos diluidores, limitando a vantagem dos acionistas. No entanto, a equipe acredita que a Copa e, em menor grau, a Volaris (ambas mantidas como compra) ofereçam o melhor risco-retorno.
Eles revisaram a GOL e a Azul de Venda para Neutra após as vendas, e mantêm os ratings Neutros na LATAM e Avianca.
Na visão do UBS, o potencial pacote do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em negociação com a Azul, LATAM e GOL (R$ 3 bilhões para cada empresa) apoiaria fortemente as posições de liquidez durante a crise, mas, ao mesmo tempo, os bônus de compra de ações poderiam limitar os atuais potencial de crescimento dos acionistas (negociações com preços de exercício a serem concluídas em 10 a 12 dias).