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Investing.com -- O UBS avalia que o Federal Reserve pode ser forçado a intervir caso as ações norte-americanas se desvalorizem ainda mais, sugerindo que uma queda entre 5% e 10% no S&P 500, a partir dos níveis atuais, já seria suficiente para acionar uma resposta da autoridade monetária. O banco mantém recomendação neutra para ações, mas aponta que esse movimento poderia acionar a chamado “put do Fed”, desencadeando uma recuperação de curto prazo.
A análise surge em meio ao aumento das incertezas causadas pelo novo pacote tarifário dos EUA, que elevou a alíquota média efetiva de importações para o maior patamar em mais de um século. Com tarifas que chegam a 46%, o impacto sobre cadeias globais de suprimentos amplia os riscos para empresas e mercados. Para o UBS, haveria três possíveis amortecedores à disposição dos investidores: desescalada nas tensões comerciais, flexibilização da política monetária e estímulo fiscal; nenhum deles, porém, parece iminente.
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Na avaliação de Ulrike Hoffmann-Burchardi, chefe de ações globais do CIO do UBS, o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou uma postura cautelosa diante dos efeitos inflacionários das tarifas, e não demonstra pressa em ajustar a taxa de juros. Ela lembra ainda que eventuais medidas de apoio fiscal seguem travadas no processo de reconciliação orçamentária, o que deve se prolongar por semanas — ou até meses.
Na visão da estrategista, uma recuperação sólida nos mercados dependerá de uma mudança concreta na retórica tarifária. Segundo ela, “o elemento que consolidaria um piso para o mercado seria uma sinalização clara de desescalada, com tarifas recuando dos níveis estabelecidos em 2 de abril.” Na ausência disso, as tarifas tendem a pressionar o consumo e o investimento corporativo, podendo levar o S&P 500 para níveis próximos de 4.000 pontos.
A analista destaca ainda que novas quedas podem ocorrer caso a escalada comercial continue. Entre os gatilhos de preocupação, estão a retaliação da União Europeia, contramedidas dos EUA e a inclusão de tarifas adicionais por setor. O UBS traça um paralelo com 2018, quando uma retração de cerca de 15% no S&P 500 antecedeu uma mudança de postura do Fed. No cenário atual, com inflação mais resistente, o banco acredita que uma correção mais profunda — próxima de 25% desde o pico — pode ser necessária. Ainda assim, uma retração mais modesta, entre 5% e 10%, já poderia reavivar as expectativas de suporte por parte da política econômica.
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