Investing.com - Em dia marcado por otimismo para os mercados, as ações da Vale (SA:VALE3) operam com valorização de 2,18% a R$ 55,34, mesmo com a queda do minério de ferro em Dalian. Como pano de fundo para alta, está a notícia de que a mineradora irá limitar a sua produção anual de minério de ferro a 400 milhões de toneladas.
A informação foi dada pelo da empresa, Fábio Schvartsman, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo publicada neste domingo.
Para a Mirae Asset, apesar de racional, a evolução da capacidade de produção, a Vale tem optado em substituir produção e venda de minério de ferro de menor qualidade pelos excedentes que estão sendo originados do projeto S11D (Carajás), cujo preço médio supera o preço do referencial 62%.
Os analistas explicam que elevar produção significa pressionar a oferta, o que se traduz em redução de preços de mercado. A Vale, após finalizado o projeto S11D, passou a normalizar sua estrutura de capital, a ponto de melhorar as condições de remuneração de seus acionistas e iniciar um forte programa de recompra de ações.
Apesar dos riscos da guerra comercial entre EUA x China ter poder para pressionar o preço de commodities metálicas, a corretora entende que a situação da Vale agora, sem necessidade de vultosos investimentos e de se recapitalizar, reforçando a visão de um cenário favorável para a empresa nos próximos trimestres.
A Mirae recomenda a compra do ativo, com preço justo em R$ 59,88. VALE3 opera com um múltiplo Ev/Ebiytda 2018 de 5,5x e para 2019 de 5,7x.
De acordo com o executivo, a empresa tem capacidade para produzir até 450 milhões de toneladas anualmente, mas só usará essa capacidade extra no caso de aumento dos preços do minério.
Schvartsman diz ainda, na entrevista, que o foco da empresa neste momento é dar "segurança e previsibilidade" a quem compra ações da empresa, e a direção da Vale já separou 1 bilhão de dólares para recompra de ações. Com isso, diz o CEO, a empresa deverá ter uma política menos agressiva de investimentos.
Com Reuters.