Por Geoffrey Smith
Investing.com – As ações do Walmart (NYSE:WMT) operavam perto da estabilidade antes da abertura desta terça-feira, 4, em Nova York, em meio a rumores de que seu anúncio recente de cortes de emprego podem afetar mais de 2000 colaboradores de armazéns de compras online.
De acordo com a Bloomberg, mais da metade das posições afetadas abrange operações da empresa em Fort Worth, Texas, enquanto 400 empregos serão cortados em um centro de atendimento na Pensilvânia. Outros centros de atendimento na Flórida e Nova Jersey cortarão 400 e 200 trabalhadores, respectivamente. A reportagem não mencionou cortes em Chino, Califórnia, cuja redução também havia sido indicada.
Os cortes, que foram apresentados de maneira genérica pela varejista no mês passado, reforçam a tendência de redução de custos nas empresas, que aumentaram suas despesas operacionais nos últimos dois anos. Os cortes de empregos do Walmart são em grande parte resultado da automação de seus centros de fulfillment. A companhia afirmou que os colaboradores demitidos poderiam receber ofertas de trabalho em outros lugares da sua rede.
A tendência de crescimento das compras digitais no longo prazo, entretanto, permanece intacta, com as vendas de varejo fora das lojas físicas crescendo 9,2% em relação ao ano anterior nos dois primeiros meses do ano, em comparação com o crescimento de apenas 6,8% nas vendas totais do varejo.
No Walmart, especificamente, as vendas online continuam se expandindo a uma taxa duas vezes maior do que suas vendas gerais, enquanto o grupo faz a transição gradual para uma estrutura ominicanal capaz de desafiar a Amazon (NASDAQ:AMZN).
A desaceleração nos gastos dos consumidores nos últimos meses, considerada por alguns analistas como prenúncio de uma recessão, levou a um forte aumento nos cortes de empregos no varejo. Segundo a Challenger, Gray & Christmas, os varejistas demitiram 17.456 funcionários nos primeiros três meses de 2023, em comparação com 761 no mesmo período em 2022.