ZURIQUE (Reuters) - A Novartis fez uma parceria com a empresa de tecnologia norte-americana Qualcomm para desenvolver um inalador conectado à internet que pode enviar informações sobre a frequência do uso de seu remédio Onbrez, para enfizema, para servidores na nuvem.
Este novo tipo de tecnologia média é projetado para permitir que pacientes mantenham os registros de seu uso de medicamentos em seus smartphones ou tablets e para que seus médicos tenham acesso imediato aos dados via internet para monitorar suas condições.
Isso também cria oportunidades de "big data" para empresas envolvidas - com quantidades imensas de informações sobre condições médicas e a eficácia de um remédio ou dispositivo sendo transmitido sem fios para uma base de dados para potencialmente milhares e até milhões de pacientes.
A escala potencial da chamada "Internet das Coisas Medicinal" não tem sido perdida em empresas farmacêuticas e de tecnologia ao redor do mundo, ambas grandes companhias em busca de crescimento, e nas menores, visando fornecer produtos e serviços por encomenda. Isso já criou alianças improváveis.
A rival doméstica da Novartis, Roche também se uniu à Qualcomm e a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk fez uma parceria com a IBM (N:IBM) para projetos de dispositivos conectados à nuvem, por exemplo, enquanto a fabricante de dispositivos de saúde Medtronic está trabalhando com a empresa norte-americana de análise de dados Glooko.
No entanto, o risco surge com a oportunidade. Especialistas em segurança alertam que informações médicas hackeadas podem valer mais do que detalhes sobre cartões de crédito no mercado negro, com falsificadores usando-as para falsificar identidades e comprar equipamentos médicos ou remédios que podem ser revendidos, ou apresentar pedidos de seguro falsos.
(Por John Miller; reportagem adicional por Julie Steenhuysen em Chicago, Jim Finkle em Boston e Ben Hirschler em Londres)