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CENÁRIOS-Fornecedores de telecom sentem desaceleração da demanda de operadoras no 1º tri

Publicado 05.03.2015, 17:08
Atualizado 05.03.2015, 17:10
CENÁRIOS-Fornecedores de telecom sentem desaceleração da demanda de operadoras no 1º tri
ALUA
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Por Luciana Bruno

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Fornecedores de equipamentos de telecomunicações dizem já sentir uma redução da demanda das operadoras por novos contratos no primeiro trimestre, apesar de oficialmente as empresas de telefonia alegarem que os investimentos em redes permanecem no mesmo ritmo do ano passado.

Segundo porta-voz da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a redução da demanda por novos negócios ocorre devido à cautela das operadoras com o cenário econômico e às incertezas sobre disponibilidade de caixa das companhias diante da expectativa de fusões.

"De modo geral, as empresas (fornecedoras) estão com dificuldades de obter novos contratos", disse Paulo Castello Branco, diretor da área de telecomunicações da Abinee.

De acordo com ele, há dúvidas sobre qual será a disponibilidade de recursos das operadoras frente à expectativa de que haja mais fusões após a compra da GVT pela Telefónica. O mercado trabalha há meses com a chance de fusão ou compra envolvendo Oi e TIM, apesar de a Telecom Italia, controladora da TIM, ter recentemente descartado interesse em uma operação com o grupo brasileiro.

"Com essas questões de consolidação, há problemas de perspectiva sobre o que vão fazer em termos de investimento", disse o diretor da Abinee. "O setor não está com preocupações graves, mas está atento porque os negócios ainda não começaram", completou, descartando qualquer atraso nos pagamentos por parte das operadoras nos contratos já em vigor.

O sindicato que representa as operadoras, o Sinditelebrasil, não faz projeções de investimentos das empresas para este ano, limitando-se a informar que em 2013 as companhias investiram 30 bilhões de reais.

Já a Abinee estima que o faturamento nominal do setor de telecomunicações tenha crescido 9 por cento em 2014. Para 2015, a projeção é de crescimento menor, de 4 por cento.

Sondagem da entidade em janeiro apontou que os negócios estão retraídos. Segundo o levantamento, 37 por cento das empresas do setor eletroeletrônico como um todo consultadas apontaram que seus negócios diminuíram, enquanto 24 por cento indicaram estabilidade.

O cenário econômico deteriorado também tem contribuído para uma desaceleração dos novos contratos. Segundo Lucas Pinz, gerente sênior de tecnologia da fornecedora de equipamentos de rede Promon Logicalis, no primeiro trimestre estão sendo realizados os acordos já fechados no ano passado.

"Aqueles investimentos que são acessórios e que não estão diretamente ligados a uma fonte de receita da operadora, que não têm retorno imediato, isso está sendo postergado", disse Pinz, citando como exemplo investimentos em Tecnologia da Informação, atividades de suporte e atualização de sistemas.

"As operadoras sentem a desaceleração porque afeta o usuário residencial, que é a grande fonte de receitas. Mas, mesmo assim, esperamos aumento dos investimentos no ano", disse, projetando alta de 2 a 3 por cento nos aportes, diante da expectativa de continuidade, ainda que em menor grau, do avanço do uso de dados no país com o aumento da penetração dos smartphones.

Para este ano, a previsão é que as operadoras invistam principalmente em redes 4G na frequência leiloada em 2012 (2,5 GHz), que tem metas a serem cumpridas junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), disse João Yazlle, vice-presidente de estratégia e marketing da Ericsson América Latina e Caribe.

A empresa fornece equipamentos de rede 2G, 3G e 4G. Yazlle lembrou que o leilão realizado no ano passado, na frequência de 700 MHz do 4G, ainda não terá investimentos este ano, já que primeiro será necessário limpar a faixa de frequência, atualmente ocupada por radiodifusores.

O executivo evitou detalhar a situação atual da demanda das operadoras, mas citou algumas vendas de ativos recentes que podem trazer mais recursos para investimentos no país, como a venda da operadora O2 na Inglaterra pela Telefónica e a venda da Portugal Telecom pela Oi.

CLARO E OI

Para a Claro, os investimentos deste ano serão voltados à ampliação da capacidade de rede para as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, evento do qual é patrocinadora, ampliar a cobertura 3G para mais 390 cidades do país e adicionar outras 49 ao 4G, como previsto pelas regras do leilão de 2012.

A empresa diz que manterá este ano os investimentos do ano passado, sem revelar números. Segundo André Sarcinelli, diretor executivo de engenharia da Claro, a consolidação da infraestrutura de rede de Claro, NET e Embratel em uma só não deve significar redução dos investimentos.

Já a Oi prevê este ano ampliação de sua rede de fibra óptica nacional, segundo Pedro Falcão, diretor de desenvolvimento e engenharia de rede. O projeto, lançado no fim de 2014, está sendo feito em parceria com a Alcatel-Lucen

Por Luciana Bruno

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Fornecedores de equipamentos de telecomunicações dizem já sentir uma redução da demanda das operadoras por novos contratos no primeiro trimestre, apesar de oficialmente as empresas de telefonia alegarem que os investimentos em redes permanecem no mesmo ritmo do ano passado.

Segundo porta-voz da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a redução da demanda por novos negócios ocorre devido à cautela das operadoras com o cenário econômico e às incertezas sobre disponibilidade de caixa das companhias diante da expectativa de fusões.

"De modo geral, as empresas (fornecedoras) estão com dificuldades de obter novos contratos", disse Paulo Castello Branco, diretor da área de telecomunicações da Abinee.

De acordo com ele, há dúvidas sobre qual será a disponibilidade de recursos das operadoras frente à expectativa de que haja mais fusões após a compra da GVT pela Telefónica. O mercado trabalha há meses com a chance de fusão ou compra envolvendo Oi e TIM, apesar de a Telecom Italia, controladora da TIM, ter recentemente descartado interesse em uma operação com o grupo brasileiro.

"Com essas questões de consolidação, há problemas de perspectiva sobre o que vão fazer em termos de investimento", disse o diretor da Abinee. "O setor não está com preocupações graves, mas está atento porque os negócios ainda não começaram", completou, descartando qualquer atraso nos pagamentos por parte das operadoras nos contratos já em vigor.

O sindicato que representa as operadoras, o Sinditelebrasil, não faz projeções de investimentos das empresas para este ano, limitando-se a informar que em 2013 as companhias investiram 30 bilhões de reais.

Já a Abinee estima que o faturamento nominal do setor de telecomunicações tenha crescido 9 por cento em 2014. Para 2015, a projeção é de crescimento menor, de 4 por cento.

Sondagem da entidade em janeiro apontou que os negócios estão retraídos. Segundo o levantamento, 37 por cento das empresas do setor eletroeletrônico como um todo consultadas apontaram que seus negócios diminuíram, enquanto 24 por cento indicaram estabilidade.

O cenário econômico deteriorado também tem contribuído para uma desaceleração dos novos contratos. Segundo Lucas Pinz, gerente sênior de tecnologia da fornecedora de equipamentos de rede Promon Logicalis, no primeiro trimestre estão sendo realizados os acordos já fechados no ano passado.

"Aqueles investimentos que são acessórios e que não estão diretamente ligados a uma fonte de receita da operadora, que não têm retorno imediato, isso está sendo postergado", disse Pinz, citando como exemplo investimentos em Tecnologia da Informação, atividades de suporte e atualização de sistemas.

"As operadoras sentem a desaceleração porque afeta o usuário residencial, que é a grande fonte de receitas. Mas, mesmo assim, esperamos aumento dos investimentos no ano", disse, projetando alta de 2 a 3 por cento nos aportes, diante da expectativa de continuidade, ainda que em menor grau, do avanço do uso de dados no país com o aumento da penetração dos smartphones.

Para este ano, a previsão é que as operadoras invistam principalmente em redes 4G na frequência leiloada em 2012 (2,5 GHz), que tem metas a serem cumpridas junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), disse João Yazlle, vice-presidente de estratégia e marketing da Ericsson América Latina e Caribe.

A empresa fornece equipamentos de rede 2G, 3G e 4G. Yazlle lembrou que o leilão realizado no ano passado, na frequência de 700 MHz do 4G, ainda não terá investimentos este ano, já que primeiro será necessário limpar a faixa de frequência, atualmente ocupada por radiodifusores.

O executivo evitou detalhar a situação atual da demanda das operadoras, mas citou algumas vendas de ativos recentes que podem trazer mais recursos para investimentos no país, como a venda da operadora O2 na Inglaterra pela Telefónica e a venda da Portugal Telecom pela Oi.

CLARO E OI

Para a Claro, os investimentos deste ano serão voltados à ampliação da capacidade de rede para as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, evento do qual é patrocinadora, ampliar a cobertura 3G para mais 390 cidades do país e adicionar outras 49 ao 4G, como previsto pelas regras do leilão de 2012.

A empresa diz que manterá este ano os investimentos do ano passado, sem revelar números. Segundo André Sarcinelli, diretor executivo de engenharia da Claro, a consolidação da infraestrutura de rede de Claro, NET e Embratel em uma só não deve significar redução dos investimentos.

Já a Oi prevê este ano ampliação de sua rede de fibra óptica nacional, segundo Pedro Falcão, diretor de desenvolvimento e engenharia de rede. O projeto, lançado no fim de 2014, está sendo feito em parceria com a Alcatel-Lucent (PARIS:ALUA) e deverá ser concluído no primeiro semestre.

A empresa não revelou quanto o empreendimento absorverá de recursos este ano, e lembrou que em 2014 foram feitos investimentos na compra de mais espaço em satélite para TV por assinatura e no plano de modernização da rede móvel.

"Em 2013 e 2014, a Oi fez uma revisão de todos os contratos de fornecedores de rede móvel e rede fixa numa estratégia de racionalização e uniformização geográfica de fornecedores", disse Falcão. "Isso permite, além de maior volume de investimento por fornecedor, reduzir custos de instalação e operação nos Estados", completou.

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