SÃO PAULO (Reuters) - O comércio eletrônico brasileiro deverá manter um forte ritmo de expansão em 2015, especialmente na comparação com o varejo tradicional, mas o avanço esperado pelo setor representará desaceleração ante taxas mais altas atingidas nos últimos anos.
A E-bit, empresa especializada em informações do setor, projetou nesta segunda-feira que o faturamento do e-commerce no país registrará um salto nominal de 20 por cento neste ano, atingindo 43 bilhões de reais. Em 2014, o crescimento foi de 24 por cento, e em 2013, de 28 por cento.
"Será um ano bastante desafiador para o varejo em si, entretanto, nada que afete muito o comércio eletrônico, onde se concentram os melhores preços e condições. Acreditamos que o e-commerce continuará com crescimento bom, sobretudo nas vendas via dispositivos móveis", avaliou o diretor executivo da E-bit, Pedro Guasti.
No ano passado, o setor movimentou 35,8 bilhões de reais, somando 103,4 milhões de encomendas, com um tíquete médio de compra de 347 reais, segundo a empresa.
Enquanto o e-commerce segue mostrando fôlego, ainda que em menor ritmo, o apetite do consumidor no varejo generalizado vem sendo impactado por um ambiente marcado por inflação persistente e encarecimento do crédito.
Em dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a receita nominal do comércio varejista cresceu 8,9 por cento no acumulado dos dez primeiros meses de 2014, ante taxa de 11,8 por cento no mesmo período de 2013.
(Por Marcela Ayres)