Por David Ingram
SAN FRANCISCO (Reuters) - O Facebook disse nesta quarta-feira que fará uma nova e abrangente busca em seus registros por possíveis propagandas russas que podem ter sido disseminadas no período anterior ao referendo britânico de 2016 sobre a saída da União Europeia.
Parlamentares do Reino Unido reclamaram de que a maior rede social do mundo fez uma busca limitada de evidências de que russos manipularam a rede em meio ao debate sobre o Brexit.
A Rússia nega a interferência no referendo britânico ou nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016.
Facebook, Twitter, YouTube e Google, da Alphabet, estiveram sob intensa pressão na Europa e nos EUA para impedir que nações usassem serviços de tecnologia para interferir nas eleições de outro país e para investigar quando surgirem provas de tal envolvimento.
A nova análise do Facebook no Reino Unido exigirá que os especialistas em segurança da empresa voltem e analisem dados históricos, escreveu nesta quarta-feira Simon Milner, diretor de política da empresa no Reino Unido, em carta para Damian Collins, presidente do Comitê Digital, Cultura, Meios de Comunicação e Esporte do parlamento britânico.
Em dezembro, a rede social disse que encontrou apenas 0,97 dólar gastos com publicidade por parte de agentes russos antes do referendo no Reino Unido. Sua análise, no entanto, envolveu apenas contas vinculadas à Internet Research Agency, suspeita de serviço de propaganda para a Rússia.
(Por David Ingram)