Por Anna Irrera
NOVA YORK (Reuters) - O Fórum Econômico Mundial liderou a criação de um consórcio industrial voltado para melhorar a segurança cibernética de empresas financeiras de tecnologia, conforme aumenta a colaboração entre fintechs e instituições financeiras.
Os membros fundadores do consórcio incluem o Citigroup, a credora online Kabbage, o Depository Trust & ClearingCorporation, o Zurich Insurance Group e a Hewlett Packard Enterprise, informaram as empresas nesta terça-feira.
O grupo vai criar um arcabouço para avaliar o nível de segurança de fintechs e agregadores de dados, cuja prontidão contra ataques cibernéticos é vista como cada vez mais importante para a estabilidade do setor financeiro mais amplo, de acordo com as empresas.
O setor de serviços financeiros está entre os mais vulneráveis a crimes cibernéticos devido à vasta quantia de dinheiro e dados valiosos que bancos e empresas de investimento processam diariamente.
Ao longo dos últimos anos, bancos e outras empresas financeiras têm fortalecido seus laços com starups de tecnologia que visam revitalizar a forma como os serviços financeiros são criados e consumidos.
A ampliação na colaboração ocorre voluntariamente, com bancos buscando permanecer competitivos, ou devido a novas regulações, como a da União Europeia.
Isso elevou a necessidade de fintechs implementarem medidas robustas de segurança cibernética, segundo Matthew Blake, chefe da Iniciativa Financeira e Monetária do Fórum Econômico Mundial.
"Muitas parcerias estão se formando entre empresas de tecnologia financeira e instituições estabelecidas", disse Blake em uma entrevista. "Por meio dessas ligações existe um potencial de introdução de risco"
A necessidade de avaliar mecanismos melhores de segurança cibernética foi identificada em um relatório do Fórum publicado na terça-feira como uma das soluções para os desafios da segurança apresentados por aumento no uso de serviços digitais em finanças.