PARIS/FRANKFURT (Reuters) - Alarmadas pela possibilidade representada pelo desenvolvimento de sistemas de direção autônoma por empresas do Vale (SA:VALE5) do Silício, as montadoras de veículos mostraram no Paris Motor Show esta semana sinais de que estão prontas para revidar, cooperando em áreas em que seria esperado que competissem.
"Isto é como a indústria automotiva pode combater a ameaça que a Apple e particularmente o Google representam para suas marcas, uma vez que os serviços digitais se tornaram mais e mais importantes", disse o analista de investimentos em tecnologia Richard Windsor
BMW, Daimler e a Audi, da Volkswagen lançaram nesta semana serviços de monitoramento de tráfego, que darão aos motoristas uma visão das condições do trajeto quilômetros adiante. Eles serão baseados em dados de vídeos coletados a partir de sensores em outros carros e alimentados pela Here, empresa de serviços de mapeamento de navegação que as três montadoras controlam conjuntamente.
Separadamente, a TomTom, rival da Here, anunciou nesta quinta-feira acordos de dados de tráfego com a fabricante de caminhões Volvo e a Skoda, subsidiária da VW.
Mas ainda é preciso ver se as montadoras podem cobrar preços premium para serviços de carros conectados, com empresas de tecnologia como o Google desenvolvendo ofertas similares gratuitas, apoiadas por anúncios e outros modelos de negócio.
Enquanto isso, a conexão de carros em movimento com a internet também precisa de redes móveis mais confiáveis.
Com esse objetivo, as maiores montadoras da Alemanha disseram essa semana que estavam se unindo com as fabricantes de equipamentos de redes de telecomunicações Ericsson, Huawei, Nokia, Qualcomm e Intel para ajudar com o desenvolvimento da próxima geração de redes 5G que devem estrear perto de 2020.
(Por Edward Taylor, Eric Auchard, Gilles Guillaume, Andreas Cremer (SA:CREM3) e Laurence Frost)