Para surfar nas ondas do 5G e da alta demanda por internet no País, o Grupo Rcell é agora representante oficial e exclusivo da D-Link do País. A distribuidora brasileira planeja faturar R$ 80 milhões em 2022 e R$ 120 milhões no próximo ano com a venda das soluções de rede produzidas pela companhia sediada em Taiwan. A parceira engloba todos os produtos para o mercado corporativo e doméstico, incluindo roteadores, modems e repetidores de sinal.
Nos últimos anos, a Rcell vem trabalhando para diversificar seu portfólio para além da distribuição de notebooks, equipamentos periféricos para games e smartphones. É nesse plano que entra a negociação, afirma o diretor de marketing do grupo, Alexandre Della Volpe.
"Começamos a perceber a necessidade de entregar uma solução mais completa na área de distribuição, incluindo a parte de redes e comunicação", diz o executivo, destacando que há cerca de cinco anos a distribuidora trabalhava com seis marcas. Atualmente, o número saltou para 34.
A D-Link se soma ao portfólio que já inclui smartphones da LG, Motorola, Philco e Samsung (KS:005930), assim como notebooks também da Samsung, Philco e Asus. Em 2020, anunciou as parcerias para a distribuição de produtos da Suggar, Electrolux, Mallory, Black & Decker e mais recentemente a Singer.
A empresa de Taiwan será incorporada à estrutura da brasileira que alcança 28 mil pontos de vendas pelo País, com quatro centro de distribuição e faturamento de cerca de R$ 4 bilhões por ano.
A companhia aposta principalmente em três mercados: fornecimento de produtos para residências, empresas e para provedores de internet. O último segmento é visto como bastante promissor, segundo Volpe. No Brasil, acrescenta ele, existem cerca de 17,8 mil empresas provedoras de internet, com destaque para as regionais, além das maiores como TIM (SA:TIMS3), Vivo (SA:VIVT3) e Claro.
O cenário econômico adverso, que afeta o consumo e renda das famílias, não tira o sono do diretor de marketing da distribuidora.
"Entendemos que os produtos de rede são de uso contínuo e se tornaram de primeira necessidade, junto com os smartphones", afirma o executivo.
Por outro lado, a falta de componentes, que tende a ser agravar com os recentes lockdowns na China, segue no radar da companhia.