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Por Patricia Vilas Boas
SÃO PAULO (Reuters) - A empresa brasileira de tecnologia Tivit vai investir 300 milhões de reais em computação em nuvem privada este ano e prevê um crescimento de dois dígitos no faturamento do segmento em 2024.
O valor investido é 20% mais alto se comparado aos aportes no segmento realizados em 2023.
A empresa fatura cerca de 2 bilhões de reais ao ano, com a maior parte oriunda dos segmentos "cloud", digital - que envolve desenvolvimento, código e áreas relacionadas - e cibersegurança.
"Dentro disso, cloud sozinho é mais da metade do nosso negócio", afirmou o diretor de operações da Tivit, Daniel Galante, à Reuters.
Além do aporte no segmento, a empresa também lançou uma nova versão do serviço, com novas funcionalidades, para "atender as demandas mais atuais do mercado".
"Na versão anterior da nossa nuvem, os clientes necessariamente tinham que contratar um serviço de gerenciamento da atividade. Hoje, os clientes podem contratar somente a nossa infraestrutura e fazer o seu autosserviço. O próprio cliente gerencia os seus ambientes dentro da nuvem", disse Galante.
Segundo o executivo, apesar da Tivit historicamente atender clientes de grande porte, a nova versão da solução em nuvem abre espaço para empresas de outros portes, afirmaram os executivos.
"A gente espera abranger aqui não só um novo mercado... mas também outros perfis de 'workloads', ou seja, de ambientes de tecnologia, em clientes que são até de perfil tradicional nosso, mas que hoje um pedaço não está conosco", disse o diretor de Cloud da Tivit, Leonardo Piva.
A companhia tem entre clientes o Banco Rendimento, a empresa de benefícios Sodexo, a distribuidora de energia Cemig (BVMF:CMIG4) e a operadora de ônibus urbanos da cidade de São Paulo SPTrans.
Além de sua própria nuvem privada, a Tivit Private Cloud, que corresponde a cerca de 60% do negócio de nuvem da Tivit, a companhia também trabalha com nuvem pública e em parceria com empresas como AWS, Microsoft (NASDAQ:MSFT), Google (NASDAQ:GOOGL) e Oracle (NYSE:ORCL).
"O que a gente vê é um mercado mais polarizado, ou integradores voltados para nuvem pública, ou integradores voltados para agentes dedicados", disse Galante.
A empresa opera em dez países da América Latina, incluindo México, Chile e Argentina.