Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - O Twitter perdeu um prazo para fornecer ao comitê de inteligência do Senado norte-americano informações sobre supostos esforços russos para interferir na eleição dos Estados Unidos de 2016, disse uma porta-voz do senador democrata Mark Warner, nesta terça-feira.
A empresa foi convidada a fornecer respostas às perguntas do comitê, que conduz uma das principais investigações do Congresso sobre suposto envolvimento entre a campanha do presidente republicano Donald Trump e Moscou.
A Rússia nega qualquer interferência eleitoral e Trump negou qualquer envolvimento.
O Facebook e o Google atenderam ao prazo do comitê de inteligência.
O Twitter disse que "estava ansioso para finalizar" suas respostas em breve.
"Continuamos trabalhando em estreita colaboração com os investigadores do comitê para fornecer respostas detalhadas e completas às suas perguntas", afirmou em um comunicado. "À medida que nossa revisão está em andamento, queremos garantir que estamos fornecendo ao Congresso as respostas mais completas e precisas possíveis".
Warner atacou o Twitter depois de testemunhar a portas fechadas para o comitê em setembro, dizendo que as autoridades da empresa não responderam a muitas perguntas sobre o uso da rede social pela Rússia e que ainda estava sujeita a manipulação estrangeira.
Investigadores do Congresso convocaram empresas de tecnologia para testemunhar repetidamente enquanto analisam a questão.
Um painel separado do Senado, o Comitê de Comércio, Ciência e Transporte, disse que convocará audiência para 17 de janeiro, investigando se as empresas de tecnologia estão fazendo o suficiente para combater o terrorismo nas redes sociais.
(Por Patricia Zengerle)