(Reuters) - Diversas companhias norte-americanas de segurança cibernética informaram nesta segunda-feira que descobriram um vírus de computador chamado “Olympic Destroyer” (Destruidor Olímpico) que foi possivelmente usado em um ataque na sexta-feira na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang.
Organizadores dos Jogos confirmaram o ataque no domingo, dizendo que o vírus afetou serviços de internet e TV, mas que não comprometeu operações críticas. Organizadores não disseram quem estava por trás do ataque ou forneceram informações detalhadas sobre o malware, embora um porta-voz tenha dito que todos problemas foram resolvidos até o sábado.
Pesquisadores das companhias de segurança cibernética Cisco Systems Inc (NASDAQ:CSCO), CrowdStrike e FireEye Inc informaram em publicações em blogs e comunicados à Reuters nesta segunda-feira que haviam analisado códigos de computador que acreditam ter sido usado no ataque de sexta-feira.
Todas as três companhias de segurança informaram que o malware Olympic Destroyer foi projetado para deixar computadores off-line ao deletar arquivos de sistema importantes, o que deixaria as máquinas inúteis.
As três companhias disseram não saber quem está por trás do ataque.
“Perturbação é o objetivo claro neste tipo de ataque e nos dá confiança para pensar que os agentes por trás disto estavam buscando envergonhar o comitê olímpico durante a cerimônia de abertura”, informou a Cisco em seu blog.
O ataque derrubou o site da Olimpíada, o que fez com que algumas pessoas não pudessem imprimir seus ingressos, e o WiFi usado por repórteres que cobriam os Jogos não funcionou durante a cerimônia de abertura, de acordo com a Cisco.
Drones que seriam usados na apresentação falharam em levantar voo, fazendo com que organizadores usassem imagens pré-gravadas dos drones em transmissões televisivas globais. Não ficou imediatamente claro se o problema dos drones foi causado pelo ataque cibernético.
(Reportagem de Jim Finkle, em Toronto)