Por Yimou Lee e Sam Aung Moon
YANGON (Reuters) - Advogados de dois repórteres da Reuters presos em Mianmar pediram nesta quarta-feira a um tribunal que rejeite o caso contra os jornalistas, afirmando que não há evidências suficientes para fundamentar as acusações feitas pelas autoridades sobre posse de documentos secretos do governo.
Um tribunal em Yangon tem realizado audiências preliminares desde janeiro para decidir se Wa Lone, de 31 anos, e Kyaw Soe Oo, de 28, serão julgados sob a Lei de Segredos Oficiais do país, que prevê pena máxima de 14 anos de prisão.
Nesta quarta-feira, os advogados de defesa apresentaram um pedido para anular o caso. O tribunal distrital do norte de Yangon concordou em escutar argumentos dos promotores e dos advogados de defesa sobre o pedido no dia 4 de abril.
"De todas as testemunhas da acusação que depuseram e que foram interrogadas, nenhuma prova" legalmente suficiente pode ser feita contra os réus, disse o advogado Khin Maung Zaw a repórteres após a audiência.
"É adequado para os advogados de defesa pedirem pela liberação nessa fase", disse, acrescentando que houve discrepâncias no depoimento de algumas testemunhas. Ele se recusou a fornecer mais detalhes.