Por Shadia Nasralla
VIENA (Reuters) - A agência de vigilância nuclear da Organização das Nações Unidas informou que está satisfeita com o acesso que o Irã irá garantir à base militar de Parchin, onde alguns Estados suspeitam que tenham sido foram realizados experimentos relacionados a bombas atômicas no passado.
Sem confirmação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de que o Irã está mantendo promessas feitas no acordo histórico de 14 de julho com seis potências mundiais, Teerã não terá o alívio de sanções que tanto necessita.
De acordo com dados entregues à AIEA por alguns países membros, Parchin pode ter sediado testes hidrodinâmicos para ver como materiais específicos reagem sob alta pressão, como em uma explosão nuclear.
De acordo com uma reportagem não confirmada da Associated Press citando o rascunho de um documento, a AIEA não iria enviar seus próprios inspetores para Parchin, em vez disto iria receber dados do Irã no local.
Questionada se o Irã teria permissão de conduzir inspeções próprias para responder questionamentos sobre Parchin, a AIEA informou que legalmente deveria manter como confidenciais seus acordos com Teerã.
"A agência precisa manter tais acordos confidenciais para trabalhar corretamente, assim como faz em todos os outros Estados", disse nesta quinta-feira à Reuters um diplomata baseado em Viena.