BERLIM (Reuters) - O Ministério Público da Alemanha encerrou uma investigação de um ano sobre o grampo do telefone celular da chanceler alemã, Angela Merkel, por espiões norte-americanos, dizendo haver falta de provas que se sustentassem nos tribunais.
Ao deixar de lado a investigação de um caso que provocou tensão entre a Alemanha e os Estados Unidos, o MP disse que não pôde encontrar provas que apoiassem as alegações do ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA Edward Snowden de que o telefone de Merkel estava grampeado.
"As acusações feitas não iriam se sustentar em corte com os meios disponíveis para os processos penais", disse o gabinete da procuradoria federal em Karlsruhe, em um comunicado.
O porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, não quis comentar a decisão da procuradoria. "O procurador federal tomou sua decisão", disse. "Tal decisão não deve ser comentado pelo governo."
Os dois países têm se desentendido sobre a forma de espionagem da NSA desde que as revelações de Snowden, no ano passado, mostraram que os EUA haviam feito escutas de telefones de vários líderes aliados, incluindo Merkel.
(Reportagem de Erik Kirschbaum)